sexta-feira, 7 de outubro de 2011

SER EVANGELIZADOR




SER EVANGELIZADOR


Evangelizar é instruir, é educar moral e espiritualmente, dando a conhecer o que acontece ao Espírito em sua trajetória rumo à evolução. Eis porque o Espiritismo e Evangelho têm que ser estudados juntos. O Espírito se instrui quanto ao seu destino e se educa, preparando melhor futuro para si e para o próximo. Instruir e educar na Doutrina Espírita não é catequizar, e sim evangelizar.



"Evangelizar é evangelizar-se" (Amélia Rodrigues).

O que é necessário para evangelizar "Amai-vos e Instruí-vos" (Allan Kardec).

O Espiritismo estudado instrui. Praticado, além de instruir, educa, porque faz o Espírito enxergar o seu futuro, não só na Terra, mas principalmente no mundo espiritual.

Os requisitos exigidos para um evangelizador espírita são os mesmos exigidos de um espírita: estudar, trabalhar, construir sua reforma íntima. O evangelizador espírita precisa estudar para ter bom conhecimento do Evangelho de Jesus e da Doutrina Espírita. Só assim terá segurança no seu trabalho.

Deve aprimorar todos os recursos necessários à sua tarefa, se quiser que as mensagens de suas aulas cheguem ao coração do evangelizando de maneira clara, agradável, participante, dinâmica e eficiente.

Deve aprimorar seus recursos intelectuais, morais e afetivos, porque sabe que a teoria, por mais brilhante que seja, sem afetividade não encontra ressonância no coração do evangelizando.

A boa vontade é outro requisito. Ela o faz reconhecer suas deficiências, levando-o a buscar os conhecimentos que lhe faltam. Boa vontade ensina ao evangelizador renunciar muitos lazeres em favor de seu trabalho. Boa vontade estimula o evangelizador a vencer qualquer empecilho, conscientizando-o do seu compromisso com Jesus. Boa vontade, enfim, é a alavanca que impulsiona o evangelizador ao aprimoramento da sua reforma íntima.



Ele sabe, então, que não é "vestir a túnica de evangelizador" somente uma vez por semana, naquele horário, mostrando-se aos olhos da classe com algumas virtudes aparentes, e sim viver 24 horas do dia tudo aquilo que estuda com seus pupilos. Sabe, ainda, que além dos evangelizandos encarnados, ele tem os evangelizandos desencarnados em suas aulas, aqueles que não tiveram oportunidade de conhecer o Evangelho do Mestre e a Doutrina Espírita quando na Terra.

"Evangelizar é evangelizar-se", é o que nos diz Amélia Rodrigues em um dos seus livros.

REQUISITOS ESSENCIAIS PARA SER UM EVANGELIZADOR ESPÍRITA:

1 - Ter como modelo o Mestre amado Jesus.

2 - Estudar a Doutrina Espírita e o Evangelho constantemente (conscientização da tarefa: necessidade de ser melhor).

3 - Ver nas crianças a sua própria família.

4 - Evangelizar por prazer, não por dever.

5 - Não exigir de imediato a transformação de uma criança ou jovem, respeitando sempre sua condição espiritual e capacidade.

6 - Estar consciente de que evangelizar é preparar uma semeadura e que a germinação, frutificação, colheita e multiplicação (resultados) correrão por conta das condições do solo (Espírito) que a recebeu ou receberá, bem como do tempo.

7 - Procurar se aproximar dos pais de seus evangelizandos (será mais fácil desta maneira conhecer-lhes os possíveis problemas e melhor agir no sentido de beneficiá-los).

8 - Analisar com atenção o problema de cada evangelizando.



9 - Transmitir com firmeza, segurança e amor, usando, na hora certa, um sorriso ou olhar significativo, valendo mais que cem palavras.

10 - Preparar suas aulas com carinho e antecedência, sem improvisação.

11 - Procurar tornar suas aulas atrativas e objetivas.

12 - Sentir a importância da pontualidade, dando o exemplo.

13 - Não faltar ao cumprimento do dever, mas quando isso se tornar necessário, avisar com antecedência à diretoria (assiduidade).

14 - Fazer esforço para se atualizar sempre, a fim de dar aos evangelizandos melhores conhecimentos doutrinários e gerais que venham ao encontro de seus interesses.

15 - Sempre permutar idéias com outros evangelizadores.

16 - Estar consciente de que o evangelizador deve ser o exemplo para os evangelizandos.

17 - Tratar a todos com igualdade, sem distinção de cor, sexo ou posição social.

18 - Conscientizar os evangelizandos da importância da ordem, da disciplina, da higiene ambiental e pessoal e dos cuidados devidos à alimentação, facilitando a vida e beneficiando a saúde.

19 - Esclarecer as crianças do dever de tratar bem aos animais, respeitar e preservar a natureza.

20 - Procurar sanar superstições, preconceitos e outras ideologias perniciosas, sem ferir a sensibilidade de cada um.




21 - Mostrar, exemplificando, aos evangelizandos, a importância da fé raciocinada, do amor a Deus e do respeito e consideração ao próximo.

22 - Não mentir nem fazer promessas impossíveis aos evangelizandos.

23 - Amar fraternalmente e compreender a todos.

24 - Ter calma, traquilidade, bom senso e ponderação.

"Todos temos necessidade de instrução e de amor" - (Emmanuel, Pensamento e Vida, lição 4).

"Encara a verdade antes que a verdade te encare" - (André Luiz).

Aos evangelizadores cabe sentir sua responsabilidade neste aprendizado, buscando melhorar cada vez mais sua capacidade na realização de sua tarefa.

JESUS E O EVANGELIZADOR:

Jesus: o primeiro e o mais perfeito evangelizador do planeta Terra.

Sua pedagogia
Revelava apenas o que os seus ouvintes tinham condições de compreender e assimilar.

Sua palavra
Atraía pessoas que o ouviam com atenção e alegria.

Sua linguagem
Era correta e compreensível à todos.

Seus ensinamentos
Eram adequados para cada ocasião, assim a semente lançada encontraria campo onde germinar.
Parábolas, imagens simbólicas e exemplos da vida cotidiana
Eram recursos usados, para melhor compreensão daquele povo acostumado às Leis Civis de Moisés.

Sua autoridade
Vinha da tranquilidade do seu Espírito, da confiança no êxito da sua missão.

Paciente
Semeava e esperava a germinação e os frutos.

Enérgico
Ensinava sem ferir, sem humilhar.

Comunicativo
Seu coração transbordava amor; era seu carisma que atraía para junto de si aqueles que o buscavam com vivo interesse.

Exemplo
Viveu o que ensinou, razão por que revolucionou a Lei Civil, trocando o "olho por olho" por "amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo".

(Do Livro "Evangelização: Compromisso com Jesus" - Dima Lourenço Marquez).













































































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