sábado, 31 de julho de 2010

Acalme o seu coração.

Acalme o seu coração.


Dificuldades são ensinamentos importantes.
Se você caiu, apóie-se no trabalho edificante para reerguer-se.
Se a doença o visita, encare-a sem revolta nem desânimo, recorrendo aos recursos necessários para a volta ao equilíbrio.
No mundo, a noção de saúde ainda se limita à visão parcial do corpo físico.
Há, porém, doentes saudáveis, do ponto de vista espiritual, assim como existem pes­soas em plena posse das energias físicas, entretanto doentes do espírito.
Lembre-se de que a vida gera mais vida.
Lutas, dores, decepções e tristezas formam o quadro abençoado de experiências que nos ensinam a perseverar sempre. Em qualquer situação, prossiga trabalhando no Bem.
Rejeite os pensamentos negativos no clima da prece, e você sentirá a presença do Mais Alto amparando-o.
No final, tudo passará e você se descobrirá feliz e capaz de muitas realizações.

Scheilla, psicografia de Chico Xavier 



sexta-feira, 30 de julho de 2010

PAZ INDESTRUTÍVEL

Beija-flor
PAZ INDESTRUTÍVEL

"E a paz de Deus domine em vossos corações..." — Paulo. (Colossenses, 3:15).

Na Terra, muitas vezes, terás o coração cercado:

de adversários gratuitos;

de críticas indébitas;

de acusações sem sentido;

de pensamentos contraditórios;

de pedras da incompreensão;

de espinhos do sarcasmo;

de ataques e desentendimentos;

de complicações que não fizeste;

de tentações e problemas;

de processos obsessivos;

Entretanto, guarda a serenidade e prossegue agindo na extensão do bem, porque, resguardando a consciência tranqüila, terás nos recessos da própria alma a paz de Cristo que ninguém destruirá.

Do livro Ceifa de Luz, de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

FAZE LUZ

FAZE LUZ

Quando te confias à maledicência, despedes da própria alma raios de treva e perturbação que, de retorno, te impõem dolorosa e indefinível tortura íntima a exprimir-se em obscuros processos de enfermidade.

Quando te entregas às sugestões da calúnia, exteriorizas da própria mente forças destrutivas que, de volta, te impelem à comunhão com as inteligências perversas que a veiculam, adquirindo invisíveis passaportes para os abismos da obsessão e do crime, da loucura e da morte.

Quando desces à crítica venenosa, na preocupação de ensombrar o caminho dos que te cercam, expulsas do próprio espírito dardos intangíveis e penetrantes de sofrimento e desânimo que, de regresso, te imobilizam os passos na noite da dificuldade e do desalento, de vez que, procurando salientar as deficiências e chagas alheias, não fazes mais que levantar a antipatia gratuita dos outros contra a segurança e a paz de teu próprio caminho...

Lembra-te de Jesus, cuja Infinita Misericórdia nos acompanha em todos os passos e auxilia sempre.

Recorda quantas vezes foram teus erros apagados pela Bondade Divina e não olvides o culto incessante que todos devemos à Humana Bondade.

Faze Luz no próprio roteiro para que a luz nos encontre.

Suportemos as faltas do próximo como desejamos sejam as nossas entendidas e toleradas.

E, desculpando infinitamente, alcançaremos, em nossa marcha, o Sol do Infinito Amor, cujos Raios Celestes nos asseguram todas as bênçãos da vida e que somente aguarda a nossa compreensão e nossa boa vontade para investir-nos na posse dos sublimes tesouros da Glória Excelsa.

 Emmanuel
 - Do livro: A Verdade Responde.
 Francisco Cândido Xavier.

Foto: A Terra.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

JESUS EM AÇÃO


JESUS EM AÇÃO

Irmãos surgem que, de vez em vez, se afirmam contra a beneficência, alegando que enquanto nos consagramos ao socorro material esquecemos os nossos deveres na iluminação do espírito. E enfileiram justificativas às quais a Doutrina Espírita, revivendo os ensinamentos de Jesus, opõe naturais contraditas.

Senão vejamos:

A Assistência social, no fundo, deve pertencer ao poder público.

Indiscutivelmente, ninguém nega isso, mas se estamos na praia, vendo companheiros que se afogam, como recusar cooperação ao serviço de salvamento, quando estamos aptos a nadar?

Não adianta dar migalhas aos irmãos em penúria, cujas necessidades são gigantescas.

Consideremos, porém, que se não começarmos as boas obras, com o pouco de nossas possibilidades reduzidas, nunca aprenderemos a desligar-nos do muito para colaborar a benefício dos outros.

Desaconselhável auxiliar criaturas viciadas com o que apenas conseguiríamos conservá-las em perturbação e desequilíbrio.

Quem de nós poderá medir a própria resistência, ante as provações do caminho e de que modo apreciaríamos a conduta do próximo para conosco, se fôssemos nós os caídos em tentação?

Muitos dos chamados pedintes mostram mais necessidade de trabalho que de auxílio.

Claramente justa a alegação, mas muito raramente quem diz isso demonstra a disposição ou a possibilidade de ser o empregador.

Devemos cogitar exclusivamente do ensino moral, de maneira a cumprir as tarefas de orientação que o Espiritismo nos preceitua.

Sem dúvida, é obrigação nossa colaborar, acima de tudo, a obra educativa do espírito eterno, mas é importante lembrar que o próprio Cristo se empenhou a alimentar a multidão faminta, ao ministrar-lhe as Boas Novas de Salvação, de vez que não há cabeça tranqüila sobre estômago atormentado.

Compreendemos isso e, quanto nos seja possível, entreguemo-nos à escola do amparo fraterno, com todas as nossas forças, reconhecendo que estamos cada vez mais necessitados de caridade, em todos os sentidos, de uns para com os outros, a fim de revelarmos que o Espiritismo é realmente Jesus em ação.

Pelo Espírito Emmanuel
 - Do livro: Fonte de Paz
 Francisco Cândido Xavier

terça-feira, 27 de julho de 2010

Aos Evangelizadores

Aos Evangelizadores



Queridos irmãos!
Todos vocês se prepararam para realizar a evangelização das almas na Terra.
Nosso bondoso Pai enviará junto a cada um, um irmão mais experiente e dedicado, a fim de lhes auxiliar no cumprimento das suas tarefas.
O trabalho não será fácil e muito menos reconhecido pela maioria.
As forças inferiores tentarão desviá-los deste caminho abençoado, mas todos possuem dentro de si, a força necessária para vencê-las.
Mantenham a fé, através deste trabalho terão oportunidade de redimir-se de seus erros, ajudarão a acender as luzes das almas aflitas e os maiores beneficiados serão vocês.
Lembrem-se que as crianças com aparência angelical, são espíritos milenares, com muitos débitos, mas também com o germe da perfeição a ser desenvolvido e despertado pela dedicação de cada um.
Somente o amor poderá sensibilizar as crianças.
Elevem suas vibrações a fim de que o ambiente possa ser impregnado por nós de energias salutares e reconfortantes.
Caso contrário, as crianças não conseguirão sintonia, impedindo nossa intervenção.
Não desanimem! Procurem sempre a união! Quando precisarem de auxílio, estaremos em contato mais direto através da prece.
Utilizem este recurso valioso para se reestabelecerem de energias.
No momento oportuno serão convidados a evangelizar. Pensarão que foi ao acaso, mas aos poucos sentirão aflorar a preparação aqui realizada.
Quem é evangelizador já reencarna com esta incumbência.
Sigam em frente! O trabalho os aguarda.
Fiquem em paz!

Texto extraído de site do Grupo Espírita Seara do Mestre, de: Liamara Nascimento



segunda-feira, 26 de julho de 2010

O ALIMENTO ESPIRITUAL

O ALIMENTO ESPIRITUAL

O professor lutava na escola com um grande problema. Os alunos começaram a ler muitas histórias de homens maus, de roubos e de crimes e passaram a viver em plena insubordinação.

Queriam imitar aventureiros e malfeitores e, em razão disso, na escola e em casa apresentavam péssimo comportamento.

Alguns pronunciavam palavrões, julgando-se bem-educados, e outros se entregavam a brinquedos de mau gosto, acreditando que assim mostravam superioridade e inteligência.

Esqueciam-se dos bons livros.

Zombavam dos bons conselhos.

O professor, em vista disso, certo dia reuniu todas as classes para a merenda costumeira, apresentando uma surpresa esquisita.

Os pratos estavam cheios de coisas impróprias, tais como pães envolvidos em lama, doces com batatas podres, pedaços de maçãs com tomates deteriorados e geléias misturadas com fel e pimenta.

Os meninos revoltados gritavam contra o que viam, mas o velho educador pediu silêncio e, tomando a palavra, disse-lhes:

— Meus filhos, se não podemos dispensar o alimento puro a beneficio do corpo, precisamos também de alimento sadio para a nossa alma. O pão garante a nossa energia física, mas a leitura é a fonte de nossa vida espiritual. Os maus livros, as reportagens infelizes, as difamações e as aventuras criminosas representam substâncias apodrecidas que nós absorvemos, envenenando a vida mental e prejudicando-nos a conduta. Se gostamos das refeições saborosas que auxiliam a conservação de nossa saúde, procuremos também as páginas que cooperam na defesa de nossa harmonia interior, a fim de nunca fugirmos ao correto procedimento.

Com essa preleção, a hora da merenda foi encerrada. Os alunos retiraram-se cabisbaixos. E, pouco a pouco, a vida dos meninos foi sendo retificada, modificando-se para melhor.

 Texto do Livro Pai Nosso
 Espírito Meimei,
 psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Foto: Aula de Evangelização infanto-juvenil.



domingo, 25 de julho de 2010

Palavras de Chico Xavier


Palavras de Chico Xavier
"Devemos orar pelos políticos, pelos administradores da vida pública. A tentação do poder é muito grande. Eu não gostaria de estar no lugar de nenhum deles. A omissão de quem pode e não auxilia o povo, é comparável a um crime que se pratica contra a comunidade inteira. Tenho visto muitos espíritos dos que foram homens públicos na Terra em lastimável situação na Vida Espiritual...".




sábado, 24 de julho de 2010

Amigo Ingrato



Amigo Ingrato


Causa-te surpresa o fato de ser o teu acusador de agora, o amigo aturdido de ontem, que um dia pediu-te abrigo ao coração gentil e ora não te concede ensejo, sequer, para esclarecimentos.



Despertas, espantado, ante a relação de impiedosas queixas que guardava de ti, ele que recebeu, dos teus lábios e da tua paciência, as excelentes lições de bondade e de sabedoria, com as quais cresceu emocional e culturalmente.



Percebes, acabrunhado, que as tuas palavras foram, pelo teu amigo, transformadas em relhos com os quais, neste momento, te rasga as carnes da alma, ele, que sempre se refugiou no teu conforto moral.



Reprocha-te a conduta, o companheiro que recebeste com carinho, sustentando-lhe a fragilidade e contornando as suas reações de temperamento agressivo.



Tornou-se, de um para outro momento, dono da verdade e chama-te mentiroso.



Ofereceste-lhe licor estimulante e recebes vinagre de volta.



Doaste-lhe coragem para a luta, e retribui-te com o desânimo para que fracasses.



Ele pretende as estrelas e empurra-te para o pântano.



Repleta-se de amor e descarrega bílis na tua memória, ameaçando-te sem palavras.



Não te desalentes!



O mundo é impermanente.



O afeto de hoje torna-se o adversário de amanhã.



As mãos que perfumas e beijas, serão, talvez, as que te esbofetearão, carregadas de urze.



Há mais crucificadores do que solidários na via de redenção.



Esquecem-se, os homens, do bem recebido, transformando-se em cobradores cruéis, sem possuírem qualquer crédito.



Talvez o teu amigo te inveje a paz, a irrestrita confiança em Deus, e, por isto, quer perturbar-te.



Persevera, tranqüilo!



Ele e isto, esta provação, passarão logo, menos o que és, o que faças.



Se erraste, e ele te azorraga, alegra-te, e resgata o teu equívoco.



Se estás inocente, credita-lhe as tuas dores atuais, que te aprimoram e te aproximam de Deus.


Não lhe guardes rancor.


Recorda que foi um amigo, quem traiu e acusou Jesus; outro amigo negou-O, três vezes consecutivas, e os demais amigos fugiram dEle.


Quase todos O abandonaram e O censuraram, tributando-Lhe a responsabilidade pelo medo e pelas dores que passaram a experimentar. Todavia, Ele não os censurou, não os abandonou e voltou a buscá-los, inspirá-los e conduzi-los de volta ao reino de Deus, por amá-los em demasia.


Assim, não te permitas afligir, nem perturbar pelas acusações do teu amigo, que está enfermo e não sabe, porque a ingratidão, a impiedade e a indiferença são psicopatologias muito graves no organismo social e humano da Terra dos nossos dias.

Joanna de Ângelis
Livro Momentos de Felicidade.
Divaldo Franco

Foto: A Evangelização espírita representa a oportunidade da exemplificação da mensagem de Jesus.





sexta-feira, 23 de julho de 2010

EVANGELIZAÇÃO INICIADA EM 17.07.2010. SÓ ALEGRIA!

Foto 1
JESUS E O EVANGELIZADOR:





Jesus: o primeiro e o mais perfeito evangelizador do planeta Terra.

Sua pedagogia



Revelava apenas o que os seus ouvintes tinham condições de compreender e assimilar.

Sua palavra



Atraía pessoas que o ouviam com atenção e alegria.



Sua linguagem



Era correta e compreensível à todos.

 



                                                                 Foto: 3
Seus ensinamentos



Eram adequados para cada ocasião, assim a semente lançada encontraria campo onde germinar.



Parábolas, imagens simbólicas e exemplos da vida cotidiana



Eram recursos usados, para melhor compreensão daquele povo acostumado às Leis Civis de Moisés.



Sua autoridade



Vinha da tranquilidade do seu Espírito, da confiança no êxito da sua missão.



Paciente



Semeava e esperava a germinação e os frutos.

Enérgico



Ensinava sem ferir, sem humilhar.



Comunicativo



Seu coração transbordava amor; era seu carisma que atraía para junto de si aqueles que o buscavam com vivo interesse.



Exemplo



Viveu o que ensinou, razão por que revolucionou a Lei Civil, trocando o "olho por olho" por "amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo".



                                                                        Foto 2

Do Livro "Evangelização: Compromisso com Jesus" - Dima Lourenço Marquez.



FOTO 1: Prece inicial proferida em sala de aula, no início da Evangelização, no dia 17.07.2010, às 15h:00, em uma das salas, vendo-se na foto os irmãos Bruno(camisa amarela), Vânia e seu esposo Tiago. Sucesso aos Evangelizadores Wellington, Cátia, Rainile, Nêga, Igor, Bruno, Vânia e Tiago,  na tarefa cristã ora iniciada, com 69 crianças matriculadas para o sábado.   

FOTO 2: Nêga, Rainile e Cátia em atividade na sala de aula.

FOTO 3: Nêga observa as crianças realizando tarefas educativas.




quinta-feira, 22 de julho de 2010

A guerra surda.

INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS.



A guerra surda.



(Paris, 14 de agosto de 1863.)

"A luta vos espera, meus caros filhos; é por isso que vos convido todos a imitarem os lutadores antigos, quer dizer, a vos cingir os rins. Os anos que vão seguir são cheios de promessas, mas também cheios de ansiedade. Não venho vos dizer: Amanhã será o dia da batalha! não, porque a hora do combate não está ainda fixada, mas venho vos advertir, a fim de que estejais prontos para todas as eventualidades. O Espiritismo, até o presente, não achou senão um caminho fácil e quase florido, porque as injúrias e as zombarias que vos foram dirigidas não tiveram nenhuma importância séria e mantiveram-se sem efeito, ao passo que doravante os ataques que forem dirigidos contra vós terão um caráter diferente: eis a chegar a hora em que Deus vai apelar a todos os devotamentos, em que vai julgar seus servidores fiéis para dar a cada um a parte que terá merecido. Não sereis martirizados corporalmente, como nos primeiros tempos da Igreja, nem se levantarão fogueiras homicidas, como na Idade Média, mas vos torturarão moralmente; se vos levantarão armadilhas; se vos estenderão emboscadas tanto mais perigosas quanto nelas se empregarão mãos amigas; agirão na sombra, recebereis golpes sem saber por quem esses golpes são trazidos, e sereis atingidos em pleno peito pelas flechas envenenadas da calúnia. Nada faltará às vossas dores; suscitarão fraquezas em vossas fileiras, e supostos Espíritas, perdidos pelo orgulho e pela vaidade, se colocarão em sua independência exclamando: "Nós é que estamos no caminho reto!", afim de que vossos adversários natos possam dizer: 'Vede como são unidos!" Tentar-se-á semear o joio entre os grupos, provocando a formação de grupos dissidentes; captar-se-ão vossos médiuns para fazê-los entrar no mau caminho ou desviá-los de ir aos grupos sérios; se empregará a intimidação para uns, a captação para os outros; se explorarão todas as fraquezas. Depois, não esqueçais que alguns viram no Espiritismo um papel a desempenhar, e um primeiro papel, que sentem hoje mais de uma má sorte em sua ambição. Ser-lhes-ão prometidos de um lado o que não podem encontrar do outro. Depois, enfim, com o dinheiro, tão poderoso em vosso século atrasado, não se podem encontrar comparsas para desempenharem comédias indignas, afim de lançar o descrédito e o ridículo sobre a Doutrina?

"Eis as provas que vos esperam, meus filhos, mas das quais saireis vitoriosos, se implorardes do fundo do coração o socorro do Todo-Poderoso; por isso, eu vo-lo repito de toda a minha alma: meus filhos, cerrai vossas fileiras, permanecei sobre o que vive, porque é o vosso Gólgota que se levanta; e se, por isso, não sois crucificados em carne e osso, vo-lo sereis em vossos interesses, em vossas afeições, em vossa honra! A hora é séria e solene; para trás, pois, todas as mesquinhas discussões, todas as preocupações pueris, todas as questões ociosas, e todas as vãs pretensões de preeminência e de amor próprio; ocupai-vos dos grandes interesses que estão em vossas mãos e dos quais o Senhor vos pedirá conta. Uni-vos para que o inimigo encontre vossas fileiras compactas e cerradas; tendes uma palavra de união sem equívoco, pedra de toque com ajuda da qual podeis reconhecer os verdadeiros irmãos, porque esta palavra implica a abnegação e o devotamento, e resume todos os deveres do verdadeiro Espírita.

"Coragem, pois, e perseverança, meus filhos! pensai que. Deus vos olha e vos julga; lembrai-vos também que vossos guias espirituais não vos abandonarão enquanto vos encontrarem no caminho reto. Aliás, toda essa guerra não terá senão um tempo e se voltará contra aqueles que crerem criar armas contra a Doutrina; o triunfo, e não mais o holocausto sangrento, se irradiará do Gólgota espírita.

"Até logo, meus filhos, saudação a todos.

"ERASTO, discípulo de São Paulo, apóstolo."



quarta-feira, 21 de julho de 2010

TRANSIÇÃO DO ESPÍRITO

Queridos IRMÃOS



Todo aquele que se dispõe a servir na Seara do Cristo, deverá habituar-se às lutas mais acerbas. O bom servo deve estar consciente que antes dos “louros” da vitória com Jesus, experimentará o fel das lutas amargas. Muitos movidos pelo entusiasmo e pela boa vontade optam por serem servos na Seara Bendita, não obstantes à medida que o trabalhador avança no serviço abençoado, fatalmente será convocado a dar testemunho de sua decisão. Nessas horas nota-se em muitos corações que o tamanho do ideal não é semelhante ao “tamanho” da boa vontade para realizá-lo.

A fé e a capacidade de encontrar “saída” nos momentos mais difíceis serão colocadas à prova. Nesse momento, muitos sucumbem, e o que era uma possibilidade real, transforma-se num sonho para o futuro.



Não foi por acaso que Jesus contou com poucos nos momentos mais graves de sua missão entre os homens.



Os sofrimentos serão muitos, as lutas serão acerbas, e os embates incontáveis...



Em razão disso, quero dizer-lhes algo...



Tudo isso ocorre porque a maioria esmagadora de vocês, assim como o orbe terrestre, está em processo de transição. Sim, meus filhos, estão todos transitando das trevas à luz.



Isso significa que quem está em transição ainda não alcançou a luz que almeja, nem tão pouco se libertou das trevas. Simbolicamente, todos vós tendes um pé na luz, mas o resto do corpo permanece “preso” a escuridão das atitudes infelizes. O período de transição também é o período de conflitos, medos, culpas, drama de consciência e dores, tanto morais como físicas. Todos vocês, sem exceção, muitas vezes entram em êxtase pelo bem praticado, mas também se compadecem nos vícios mais vulgares. Eis aí o retrato do cristão da atualidade, um misto de sombra e luz, uma terra fértil que produz trigo, mas pelo descuido ainda se permite o nascer de muito joio.



Todas as vossas lutas não é decorrência da suposta missão que realizam, mas a conseqüência natural de espíritos frágeis, que verdadeiramente amam o Cristo, mas não tem força para amar a Humanidade amada pelo Cristo.



Não se sintam privilegiados ou com maior importância na Seara do Cristo. São tão somente aqueles que “despertam”, aqueles que AMEAÇAM sair da hibernação espiritual que se encontravam há séculos.



Lidar com os magos-negros, dragões, cientistas é mexer no vosso próprio passado, ainda tão presente em vossos corações. Se vocês foram convidados a lidar com os representantes das sombras não é porque são os mais experimentados, afinal quem conhece a escuridão de perto tem mais chance de êxito na empreitada.



Peço-lhes meus filhos, o mais urgente possíveis, formem alianças, dêem mais atenção aos pequenos grupos que sozinhos não estão conseguindo superar os desafios.



Avante, porque o Cristo nos aguarda. Avante porque não podeis mais recuar, e a vossa consciência não permitiria...



DO AMIGO JOSÉ DE MORAES

terça-feira, 20 de julho de 2010

Reencarnação nos Evangelhos


Reencarnação nos Evangelhos

Em várias passagens dos Evangelhos aparece claramente a idéia da reencarnação, mas Allan Kardec examina três, que ele considerava como as mais importantes:

1ª) "Após a transfiguração, seus discípulos então o interrogaram desta forma: Porque dizem os escribas ser preciso que antes volte Elias? - Jesus lhes respondeu: É verdade que Elias há de vir e
restabelecer todas as coisas, mas eu vos declaro que Elias já veio e eles não o conheceram e o trataram como lhes aprouve. Então, seus discípulos compreenderam que fora de João Batista que ele falara." [Mateus-XVII:10-13] [Marcos-IX:11- 13]

A consideração de que João Batista era Elias está presente várias vezes no Evangelho, reforçando a idéia de que muitos judeus tinham simpatia pela Teoria de Palingenética. Se fosse errôneo este pensamento, certamente Jesus o teria combatido, como fez em relação a vários outros.

2º) "Ao passar, viu Jesus um homem que era cego desde que nascera; - e seus discípulos e fizeram esta pergunta: Mestre, foi pecado deste homem, ou dos que o puseram no mundo, que deu causa a que ele nascesse cego? - Jesus lhes respondeu: não é por pecado dele, nem dos que o puseram no mundo; mas para que nele se patenteiam as obras do poder de Deus." [João-IX:1-34]

A pergunta dos discípulos: "foi algum pecado deste homem que deu causa aquele nascesse cego?" revela que eles tinham a intuição de uma existência anterior, pois, do contrário, ela careceria de sentido, visto que um pecado somente pode ser causa de uma enfermidade de nascença se cometido antes do nascimento, portanto numa existência anterior.

3º) "Ora, entre os fariseus havia um homem chamado Nicodemos, senador dos Judeus, que veio à noite ter com Jesus e lhe disse:
Mestre, sabemos que vieste da parte de Deus para nos instruir como um doutor, porquanto ninguém poderia fazer os milagres que fazes, se Deus não estivesse com ele.
Jesus lhe respondeu: em verdade, em verdade, dito-te: ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo." [João-III:1-12]

Não há dúvidas de que, sob o nome de ressurreição, o princípio da reencarnação era ponto de uma das crenças dos judeus, ponto que Jesus e os profetas confirmaram de modo e forma. Donde se segue que negar a reencarnação é negar as palavras do Cristo.

Fonte : Reencarnação Evidências e Fundamentos - Centro Espírita Celeiro de Luz 
Colaboração de Marcos Paterra




segunda-feira, 19 de julho de 2010

Trabalhadores de Jesus


Ditosos serão os que houverem trabalhado no campo do Senhor com desinteresse e sem outro móvel, senão a caridade!
Trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, a fim de que o Senhor, ao chegar, encontre acabada a obra.
"O Espírito de Verdade"

Foto: Do irmão Camargo e dois filhos, sendo Camargo um dos pioneiros da Evangelização infanto-juvenil da Casa do Caminho. A sua bondade era tamanha que o mesmo tocava violão e cantava com as crianças puxando suas orelhas e ele apenas ria de felicidade. Abraços no coração de Camargo aonde ele estiver.

domingo, 18 de julho de 2010

Paz Íntima

Guarda sempre:

A confiança em Deus e em ti mesmo.
A consciência tranqüila,
O tempo ocupado no melhor a fazer,
A palavra construtiva,
A oração com trabalho,
A esperança em serviço,
A paciência operosa,
A opinião desapaixonada,
A bênção da compreensão,
A participação no progresso de todos,
A atitude compassiva,
A verdade iluminada de amor,
O esquecimento do mal,
A fidelidade aos compromissos assumidos,
O perdão incondicional das ofensas,
O devotamento ao estudo,
O gesto da simpatia,
O sorriso de encorajamento,
O auxílio espontâneo ao próximo,
A simplicidade nos hábitos,
O espírito de renovação,
O culto da tolerância,
A coragem de olvidar-se para servir,
A perseverança no bem,
Conservemos semelhantes traços pessoais, na experiência do dia a dia, e adquiriremos a ciência da paz íntima com o privilégio de encontrar a felicidade pelo trabalho, no clima do amor.


André Luiz - Chico Xavier.

sábado, 17 de julho de 2010

Doenças

Doenças: ensinamentos de Emmanuel!


1 - O Espiritismo pode contribuir para o tratamento das doenças?

Emmanuel - A doutrina Espírita, expressando o Cristianismo Redivivo, não apenas descortina os panoramas radiantes da imortalidade, ante o grande futuro, mas é igualmente luz para o homem, a clarear-lhe o caminho; desse modo, desempenha função específica no tratamento das doenças que fustigam a Humanidade, por ensinar a medicina da alma, em bases no amor construtivo e reedificante.
Nas trilhas da experiência terrestre, realmente, a cada trecho, surpreendemos desequilíbrios, a se exprimirem por enfermidades individuais ou coletivas.

2 - Existe uma patologia da alma?

Emmanuel - Mágoas, ressentimentos, desesperos, atritos e irritações entretecem crises do pensamento, estabelecendo lesões mentais que culminam em processos patológicos, no corpo e na alma, quando não se convertem, de pronto, em pábulo da loucura ou em sombra da morte.

3 - Por que acontece assim?
 
Emmanuel - Isso acontece porque milhões de criaturas, repostas no lar, recapitulam amargosas e graves experiências, junto àqueles que atormentaram outrora ou que outrora lhes foram implacáveis verdugos; metamorfoseados em companheiros que, às vezes, trazem o nome de pais e figuram-se adversários intransigentes; responderam por filhos e mais se assemelham a duros algozes dos corações afetuosos que lhes deram o tesouro do berço; carregam a certidão de esposos e parecem forçados, em algemas duplas na pedreira do sofrimento; fazem-se conhecidos por titulares da parentela e exibem-se, à feição de carrascos tranqüilos.

4 - Como classificar o reduto doméstico, onde se reúnem sob os mesmos interesses e sob o mesmo sangue os inimigos de existências passadas?

Emmanuel - Do ponto de vista mental,os adversários do pretérito, reencarnados no presente, expandem entre si tamanha carga vibratória de crueldade e rebeldia, que transfiguram o ninho familiar em furna, minado por miríades de raios destrutivos de azedume e aversão.

5 - Qual o papel dos princípios espíritas diante dos conflitos familiares?

Emmanuel - Diante dos conflitos familiares, surgem os princípios espíritas por medicação providencial.

6 - Qual o ponto fundamental do socorro espírita nos males de origem doméstica?

Emmanuel - Claramente, na educação individual e, evidenciando a reencarnação, destaca o impositivo da tolerância mútua, por terapêutica espiritual imediata, a fim de que os pontos nevrálgicos do indivíduo ou do grupo sejam definitivamente sanados.

7 - Como classificam a Doutrina Espírita as pessoas difíceis da convivência ou da consangüinidade?

Emmanuel - A Doutrina Espírita, proclamando o entendimento fraterno por medida inalienável, perante os ajustes precisos, cataloga os irmãos transviados na ficha dos enfermos carecentes de compaixão e socorro.

8 - Como funcionam os ensinamentos espíritas na cura dos males que infelicitam as criaturas humanas?
 
Emmanuel - Os ensinamentos espíritas, despertando a mente para a necessidade do trabalho e do estudo espontâneo, preparam a criatura em qualquer situação, para a obra do aperfeiçoamento próprio e desvelando a continuidade da vida, para lá da morte, patenteiam ao raciocínio de cada um que a individualidade não encontrará, além-túmulo, qualquer prerrogativa e sim a felicidade ou o infortúnio que construiu para si mesma, através daquilo que fez aos semelhantes.

9 - A caridade pode auxiliar nas curas dos males humanos?

Emmanuel - Fácil verificar, assim, que a Doutrina Espírita encerra a filosofia do pensamento reto, por agente preservativo da saúde moral, e consubstancia a religião natural do bem, cujas manifestações definem a caridade por terapêutica de alívio e correção de todos os males que afligem a existência.

10 - Em que fórmulas essenciais se baseiam a terapêutica espírita?

Emmanuel - Com os ensinamentos espíritas aprendemos que os atos de bondade, ainda os mais apagados e pequeninos, são plantações de alegrias eternas e que o perdão incondicional das ofensas é a fórmula santificante para supressão da dor e renovação do destino.

11 - Quais são os medicamentos do espírito?

Emmanuel - Nas atividades espíritas, colhemos do magnetismo sublimados benefícios imediatos, seja no clima do passe, sob o influxo da oração, ou no culto sistemático do Evangelho no lar, por intermé;dio dos quais, benfeitores e amigos desencarnados nos reequilibram as forças, através da inspiração elevada, apaziguando-nos os pensamentos, ou se valem de recursos mediúnicos esparsos no ambiente, a fim de nos propiciarem socorro à alma aflita ou às energias exaustas.
Se abraçastes, pois, a Doutrina Espírita, perlustra-lhes os ensinos e compreenderás que a humildade e a benevolência, o serviço e a abnegação, a paciência e a esperança, a solidariedade e o otimismo são medicamentos do Espírito, transformando lutas em lições e dificuldades em bênçãos, porque no fundo de cada esclarecimento e de cada mensagem consoladora, que te fluem da inspiração, ouvirás a palavra do Cristo: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei".

EMMANUEL

(Do livro "Leis Do Amor", Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira)
Fonte: Universo Espírita

Quadro: Crucificação
“(...) Começar é fácil, continuar é difícil e chegar ao fim é crucificar-se, diz o nosso Emmanuel para designar uma tarefa cristã.” (Testemunhos de Chico Xavier, p.247).




sexta-feira, 16 de julho de 2010

AVANÇA

Se o teu caminho está coberto de pedras pontiagudas e teus pés são fortemente machucados, chora! Mas não pares de caminhar.
Crê que no final do caminho há uma estrada luminosa, cheia de placas feitas só para ti, para conduzir-te ao que há de melhor para tua vida, para o que pode estancar o teu pranto.
Grita! Se tempestades e ventos fortes te açoitam, buscando empurrar-te de volta ao ponto de partida, tentando levar-te ao desânimo ou à loucura, grita! Mas não te deixes levar.
Crê que há um momento divinamente pré estabelecido para os ventos se acalmarem, para as tempestades cessarem e, diante da tua resistência, esse momento se antecipará e suas brisas farão com que abras um sorriso de vitória.
Revolta-te!
Se vulcões lançam lavas sobre tudo que estás construindo, sobre tudo que já ergueste com todo teu esforço, revolta-te.
Mas não pares de construir. Crê que as chamas se apagarão, o vulcão se aquietará e, ao final, não terás somente cinzas para recolher.
Blasfeme!
Se Deus parece estar surdo para o teu chamado e cego para as tuas necessidades, blasfema! Mas não percas tua fé n´Ele. Crê que Ele é cego e surdo sim, mas só para as tuas blasfêmias.
Ele sabe que ainda não percebeste as lições embutidas em cada dificuldade que vivencias. Crê que quando venceres e aprenderes tais lições, lá estará Ele face a face contigo e orgulhoso do corajoso filho que tu és.
Chora! Grita! Revolta-te! Blasfeme!
Mas não te deixes cair na tentação de acreditar que Deus não te socorrerá.
Avança!
Ainda que seja entre prantos, gritos, revoltas e blasfêmias, avança! Crê que para Deus tu és aluno, tu és um amado filho, tu és uma pura criança.
AVANÇA!

Artigo de  Silvia Schmidt
 
Foto: Wellington, Chico e Raimundo em conversa fraterna na Casa Transitória - Sousa(PB).

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Aparências

Não acuse o irmão que parece mais abastado. Talvez seja simples escravo de compromissos.



Não condene o companheiro guindado à autoridade. É provável seja ele mero devedor da multidão.



Não inveje aquele que administra, enquanto você obedece. Muitas vezes, é um torturado.



Não menospreze o colega conduzido a maior destaque. A responsabilidade que lhe pesa nos ombros pode ser um tormento incessante.



Não censure a mulher que se apresenta suntuosamente. O luxo, provavelmente, lhe constitui amarga provação.



Não critique as pessoas gentis que parecem insinceras, à primeira vista. Possivelmente, estarão evitando enormes crimes ou grandes desânimos.



Não se agaste com o amigo mal-humorado. Você não lhe conhece todas as dificuldades íntimas.



Não se aborreça com a pessoa de conversação ainda fútil. Você também era assim quando lhe faltava experiência.



Não murmure contra os jovens menos responsáveis. Ajude-os, quanto estiver ao seu alcance, recordando que você já foi leviano para muita gente.



Não seja intolerante em situação alguma. O relógio bate, incessante, e você será surpreendido por inúmeros problemas difíceis em seu caminho e no caminho daqueles que você ama.


Livro Agenda Cristã, de André Luiz, psicografia de Chico Xavier





quarta-feira, 14 de julho de 2010

A reencarnação


“A reencarnação é a volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo”. (Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. IV). Assim, não é invenção do Espiritismo, mas sim algo natural, de modo que foi um tema muito discutido e difundido ao longo da História da Humanidade por muitos pensadores, tais como Sócrates, Pitágoras, Platão, Apolônio e Empédocles.



Jesus – o Incomparável, o Mestre, o único Guia e Modelo -, em várias oportunidades afirmou a existência da reencarnação

Em João (capítulo III, versículos de 1 a 12), encontramos a elucidativa palestra de Jesus com Nicodemos (doutor da lei judeu):

Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo que ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo”.



Perguntou-lhe, então, Nicodemos: "Como pode nascer um homem já velho? Pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, para nascer segunda vez?"

Jesus respondeu: Em verdade, em verdade vos digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; o mesmo se dá com todo aquele que é nascido do Espírito”.



“Como pode ser isso?”, disse-lhe Nicodemos.

Jesus, então, afirmou: “Tu és mestre de Israel e não sabes?”

Digo-te em verdade, em verdade, que não dizemos senão o que sabemos e que não damos testemunho, senão do que temos visto. Entretanto, não aceitas o nosso testemunho. - Mas, se não me credes, quando vos falo das coisas da Terra, como me crereis, quando vos fale das coisas celestiais?"

Também, veremos a referência de Jesus com relação a João Batista ser reencarnação de Elias, referência está que está contida em Mateus (capítulo XVII, versículos 10 a 13).



Os discípulos indagaram ao Mestre: “Por que, pois, dizem os escribas que é preciso que Elias venha primeiro?”

E Jesus respondeu-lhes: “É verdade que Elias deve vir e restabelecer as coisas; mas eu vos declaro que Elias já veio e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. É assim que eles farão sofrer o Filho do Homem. Então os discípulos compreenderam que ele lhes falara de João Batista".

“Ora, desde o tempo de João Batista até o presente, o reino dos céus é tomado pela violência e são os violentos que o arrebatam; - pois que assim o profetizaram todos os profetas até João, e também a lei. - Se quiserdes compreender o que vos digo, ele mesmo é o EIias que há de vir. - Ouça-o aquele que tiver ouvidos de ouvir. (MATEUS, cap. XI, versículos de 12 a 15.)

“Se o princípio da reencarnação, conforme se acha expresso em S. João, podia, a rigor, ser interpretado em sentido puramente místico, o mesmo já não acontece com esta passagem de S. Mateus, que não permite equívoco: ELE MESMO é o Elias que há de vir. Não há aí figura, nem alegoria: é uma afirmação positiva. -"Desde o tempo de João Batista até o presente o reino dos céus é tomado pela violência." Que significam essas palavras, uma vez que João Batista ainda vivia naquele momento? Jesus as explica, dizendo: "Se quiserdes compreender o que digo, ele mesmo é o Elias que há de vir." Ora, sendo João o próprio Elias, Jesus alude à época em que João vivia com o nome de Elias. "Até ao presente o reino dos céus é tomado pela violência": outra alusão à violência da lei moisaica, que ordenava o extermínio dos infiéis, para que os demais ganhassem a Terra Prometida, Paraíso dos hebreus, ao passo que, segundo a nova lei, o céu se ganha pela caridade e pela brandura.



E acrescentou: Ouça aquele que tiver ouvidos de ouvir. Essas palavras, que Jesus tanto repetiu, claramente dizem que nem todos estavam em condições de compreender certas verdades”. (Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo IV).



Jesus, tendo vindo às cercanias de Cezaréia de Filipe, interrogou assim seus discípulos: "Que dizem os homens, com relação ao Filho do Homem? Quem dizem que eu sou?" - Eles lhe responderam: "Dizem uns que és João Batista; outros, que Elias; outros, que Jeremias, ou algum dos profetas." - Perguntou-lhes Jesus: "E vós, quem dizeis que eu sou?" - Simão Pedro, tomando a palavra, respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo." - Replicou-lhe Jesus: "Bem-aventurado és, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne nem o sangue que isso te revelaram, mas meu Pai, que está nos céus." (Mateus, cap. XI, versículos 13 a 17; Marcos, cap. VIII, versículos 27 a 30)

Ora, se os homens da época refletiam sobre que era Jesus, obviamente acreditavam na reencarnação.



“Aqueles do vosso povo a quem a morte foi dada viverão de novo; aqueles que estavam mortos em meio a mim ressuscitarão. Despertai do vosso sono e entoai louvores a Deus, vós que habitais no pó; porque o orvalho que cai sobre vós é um orvalho de luz e porque arruinareis a Terra e o reino dos gigantes.



(ISAÍAS, cap. XXVI, versículo 19)



“É também muito explícita esta passagem de lsaías: "Aqueles do vosso povo a quem a morte foi dada viverão de novo." Se o profeta houvera querido falar da vida espiritual, se houvera pretendido dizer que aqueles que tinham sido executados não estavam mortos em Espírito, teria dito: ainda vivem, e não: viverão de novo. No sentido espiritual, essas palavras seriam um contra-senso, pois que implicariam uma interrupção na vida da alma. No sentido de regeneração moral, seriam a negação das penas eternas, pois que estabelecem, em princípio, que todos os que estão mortos reviverão”. (Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo IV)



14. Mas, quando o homem há morrido uma vez, quando seu corpo, separado de seu espírito, foi consumido, que é feito dele? -Tendo morrido uma vez, poderia o homem reviver de novo? Nesta guerra em que me acho todos os dias da minha vida, espero que chegue a minha transformação. (João, cap. XIV, versículos 10 a 14. Tradução de Le Maistre de Sacy.)



Quando o homem está morto, vive sempre; acabando os dias da minha existência terrestre, esperarei, porquanto a ela voltarei de novo. (ID. Versão da Igreja grega.)



15. Nessas três versões, o princípio da pluralidade das existências se acha claramente expresso. Ninguém poderá supor que João haja querido falar da regeneração pela água do batismo, que ele de certo não conhecia. "Tendo o homem morrido uma vez, poderia reviver de novo?" A idéia de morrer uma vez, e de reviver implica a de morrer e reviver muitas vezes. A versão da Igreja grega ainda é mais explícita, se é que isso é possível: "Acabando os dias da minha existência terrena, esperarei, porquanto a ela voltarei", ou, voltarei à existência terrestre. Isso é tão claro, como se alguém dissesse: "Saio de minha casa, mas a ela tornarei”.



"Nesta guerra em que me encontro todos os dias de minha vida, espero que chegue a minha transformação". João, evidentemente, pretendeu referir-se à luta que sustentava contra as misérias da vida. Espera a sua mutação, isto é, resigna-se. Na versão grega, esperarei parece aplicar-se, preferentemente, a uma nova existência: "Quando a minha existência estiver acabada, esperarei, porquanto a ela voltarei". João como que se coloca, após a morte, no intervalo que separa uma existência de outra e diz que lá aguardará o momento de voltar.



Nestas passagens, assim como em outras, fica muito clara a existência das reencarnações. Como diria o Mestre, “Ouça aquele que tem ouvidos para ouvir”.



Finalizando, em O Livro dos Espíritos, Kardec indaga na questão 132:

Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos?



Resposta dos Espíritos Superiores:

"Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns, é expiação; para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal: nisso é que está a expiação. Visa ainda outro fim a encarnação: o de pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação. Para executá-la é que, em cada minuto, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É assim que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta".

Allan Kardec

Pintura: Poussin_The_Empire_of_Flora