terça-feira, 29 de junho de 2010

A LEI do AMOR

A LEI do AMOR


O amor resume inteiramente a doutrina de Jesus, porque é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados a altura do progresso realizado.


No seu início, o homem não tem senão instintos; mais avançado e corrompido, só tem sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos; e o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas este sol interior que condensa e reúne em seu foco ardente todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas.



A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres e aniquila as misérias sociais.
Feliz aquele que, ultrapassando a sua humildade, ama com amplo amor seus irmãos em dores!
Feliz aquele que ama, porque não conhece nem a angústia da alma, nem a miséria do corpo;
seus pés são leves e vive como que transportado para fora de si mesmo.



Quando Jesus pronunciou esta palavra divina - AMOR -, ela fez estremecer os povos; e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.



O Espiritismo, a seu turno, vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino; estai atentos, porque esta palavra ergue a pedra dos túmulos vazios, é a reencarnação, triunfando sobre a morte, revela ao homem maravilhado seu património intelectual; não é mais aos suplícios que ela o conduz, mas à conquista do seu ser, elevado e transfigurado.


O sangue resgatou o Espírito, e o Espírito deve hoje resgatar o homem da matéria.
Disse eu que no seu início o homem não tem senão instintos e aquele, pois, em quem os instintos dominam, está mais próximo do ponto de partida que do objectivo.
Para mais avançar em direcção ao objectivo, é preciso vencer os instintos em proveito dos sentimentos, quer dizer, aperfeiçoar estes, sufocando os germes latentes da matéria.



Os instintos são a germinação e os embriões dos sentimentos; eles carregam consigo o progresso, como a bolota encerra o carvalho, e os seres menos avançados são aqueles que, não se despojando senão pouco a pouco de sua crisálida, permanecem escravizados aos instintos.


O Espírito deve ser cultivado como um campo; toda a riqueza futura depende do labor presente, e mais do que bens terrestres, levar-vos-á à gloriosa elevação; é então que, compreendendo a lei de amor que une todos os seres, nela encontrareis as suaves alegrias da alma, que são o prelúdio das alegrias celestes.
Texto: Mensagem mediúnica de Lázaro (Paris, 1862)


Do Livro O Evangelho Segundo o Espiritismo
 ALLAN KARDEC







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