sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O programa de Abigail

Na II Epístola aos Coríntios (12:2-4), Saulo de Tarso, o Apóstolo dos gentios, afirmou: “Conheço um homem em Cristo que há 14 anos (se no corpo não sei, se fora do corpo não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro céu. E sei que o tal homem foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, de que ao homem não é lícito falar”.

Conforme narrativa do Espírito Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier, no livro Paulo e Estêvão, após prece ardente, o convertido de Damasco parou de chorar e sentiu suavíssima sensação de repouso e grande alívio. Perante os portentos espirituais, Saulo “viu Estêvão e Abigail à sua frente” , ” ajoelhou-se e começou a chorar”.

“- Que é isso? Choras? – perguntou Abigail em tom blandicioso. – Estarias desalentado quando a tarefa apenas começa?”

Estêvão o abraçou efusivamente e disse com ternura:

“- Saulo, não te detenhas no passado! Quem haverá, no mundo, isento de erros? Só Jesus foi puro!...”

(...) Ansioso de aproveitar as mínimas parcelas daquele glorioso, fugaz minuto, Saulo alinhava mentalmente grande número de perguntas. Que fazer para adquirir a compreensão perfeita dos desígnios do Cristo?

- Ama! – respondeu Abigail espontaneamente.

(...) Como fazer para que a alma alcançasse tão elevada expressão de esforço com Jesus Cristo?

- Trabalha! – esclareceu a noiva amada, sorrindo bondosamente.

(...) Que providências adotar contra o desânimo destruidor?

- Espera! – disse ela ainda, num gesto de terna solicitude...

(...) Como conciliar as grandes lições do Evangelho com a indiferença dos homens?

- Perdoa!... (...)

(...) Guardaria o lema de Abigail, para sempre. O amor, o trabalho, a esperança e o perdão seriam seus companheiros inseparáveis.

(...) O programa de Abigail constituía permanente mensagem ao seu coração. Levantava-se, todos os dias, procurando amar a tudo e a todos; para prosseguir nos caminhos retos, trabalhava ativamente. Se lhe chegavam desejos ansiosos, inquietações para intensificar suas atividades fora do tempo apropriado, bastava esperar; se alguém dele se compadecia, se outros o apelidavam de louco, desertor ou fantasista, procurava esquecer a incompreensão alheia com o perdão sincero, refletindo nas vezes muitas que, também ele, ofendera os outros, por ignorância.

O programa de Abigail, “Ama! Trabalha! Espera! Perdoa!...”, norteou as conquistas, em Jesus, de Paulo de Tarso. Nós, os espíritas necessitados, ainda, de compreendermos os desígnios do Cristo, também podemos aplicar esse mesmo conjunto de instruções para nos mantermos fiéis a Kardec, em elevada expressão de esforço, lutando contra o desânimo destruidor e contra os vícios e deformidades morais, nascidos todos do orgulho e do egoísmo, perdoando toda indiferença.

Fonte: www.wellingtonespirita.blogspot.com/

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