segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita

O Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita (EADE) surgiu a partir da iniciativa de alguns confrades espíritas que, depois de terem concluído os cursos Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita (ESDE) e/ou do Estudo e Educação da Mediunidade (EEM), solicitaram à FEB continuidade dos estudos espíritas, a fim de completar o aprendizado doutrinário.

Em setembro de 2002, iniciou-se no Campo Experimental da FEB, em Brasília, a primeira turma o Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita, contando com a participação de 53 pessoas inscritas.

As primeiras propostas de conteúdo programático foram testadas durantes os três anos subsequentes, de forma que, em 2004, iniciou-se a redação dos textos que viriam a compor os dois Programas do EADE - Programa I: Religião à Luz do Espiritismo — que contou com dedicada colaboração do confrade, já desencarnado, Honório Abreu, ex-presidente da União Espírita Mineira (UEM), e Haroldo Dutra Dias, também da UEM - , e Programa II: Ciência Espírita.

Assim, desde dezembro de 2006, a Federação Espírita Brasileira vem disponibilizando ao Movimento Espírita apostilas do EADE. Atualmente três já se encontram publicadas, uma está no prelo, e, a última, em fase de elaboração, com edição prevista para 2010.

Em Sousa, a Comunhão Espírita Cristã “A Casa do Caminho” realiza o Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita (EADE) desde o dia 10 de junho de 2008 e o grupo coordenado por Bernardo Antonio está, atualmente, estudando o Programa I: Religião à luz do Espiritismo Tomo II – Ensinos e Parábolas de Jesus, parte 1.

Conceito e Objetivo

O Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita (EADE) é um curso que tem como proposta enfatizar o tríplice aspecto da Doutrina Espírita, estudado de forma mais ampla nos cursos de formação básica, usuais na Casa Espírita. Neste propósito, lembramos as sábias palavras de Emmanuel:

"Podemos tomar o Espiritismo, simbolizado desse modo, como um triângulo de forças espirituais: A Ciência e a Filosofia vinculam à Terra essa figura simbólica, porém, a Religião é o ângulo divino que a liga ao céu. No seu aspecto científico e filosófico, a doutrina será sempre um campo de nobres investigações humanas, como outros movimentos coletivos, de natureza intelectual, que visam o aperfeiçoamento da Humanidade. No aspecto religioso, todavia, repousa a sua grandeza divina, por constituir a restauração do Evangelho de Jesus Cristo, estabelecendo a renovação definitiva do homem, para a grandeza do seu imenso futuro espiritual". Emmanuel: O Consolador. Definição, p. 19-20.

O estudo teórico da Doutrina Espírita desenvolvido no EADE está fundamentado nas obras da Codificação e nas complementares a estas, cujas ideias guardam fidelidade com as diretrizes morais e doutrinárias definidas, respectivamente por Jesus e por Allan Kardec. Sempre que necessário, compara os ensinamentos espíritas com outras correntes de pensamento, filosóficas, científicas e religiosas, existentes no mundo. Dessa forma, o EADE prioriza o conhecimento espírita, obviamente, mas destaca a relevância da formação moral do ser humano.

São objetivos do Curso:

I. Propiciar o conhecimento aprofundado da Doutrina Espírita no seu tríplice aspecto: religioso, filosófico e científico.

II. Favorecer o desenvolvimento da consciência espírita, necessário ao aprimoramento moral do ser humano.


Importância

A importância fundamental do EADE é proporcionar condições ao espírita, que gosta de estudar, em prosseguir nos seus estudos doutrinários, realizando aprofundamentos de temas que conduzam à reflexão sobre a importância da melhoria moral, quando se considera o progresso do Espírito.

Neste sentido, no Programa I (Religião à Luz do Espiritismo) resgata-se a mensagem cristã, demonstrando que o Espiritismo é o Cristianismo Redivivo, o Consolador Prometido por Jesus, aquele que [...] vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito. (João, 14:26). No Programa II (Ciência Espírita) faz-se uma análise espírita de algumas contribuições fornecidas por estudiosos, de todos os tempos.


Fundamentos

O Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita apresenta fundamentos, relacionados em seguida, os quais não devem ser ignorados pela equipe que integra o Curso: coordenadores, monitores, equipe de apoio, assessores e participantes.

A ciência espírita compreende duas partes: experimental uma, relativa às manifestações em geral; filosófica, outra, relativa às manifestações inteligentes. Allan Kardec: O Livro dos Espíritos. Introdução, item 17.

Falsíssima ideia formaria do Espiritismo quem julgasse que a sua força lhe vem da prática das manifestações materiais [...]. Sua força está na sua filosofia, no apelo que dirige à razão, ao bom-senso. [...] Fala uma linguagem clara, sem ambiguidades. Nada há nele de místico, nada de alegorias suscetíveis de falsas interpretações. Quer ser por todos compreendido, porque chegados são os tempos de fazer-se que os homens conheçam a verdade [...]. Não reclama crença cega; quer que o homem saiba por que crê. Apoiando-se na razão, será sempre mais forte do que os que se apóiam no nada. Allan Kardec: O Livro dos Espíritos. Conclusão, item 6.

O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que dimanam dessas mesmas relações. Allan Kardec: O Que É O Espiritismo. Preâmbulo.

O Espiritismo não traz moral diferente da de Jesus [...]. Os Espíritos vêm não só confirmá-la, mas também mostrar-nos a sua utilidade prática. Tornam inteligíveis e patentes verdades que haviam sido ensinadas sob a forma alegórica. E, juntamente com a moral, trazem-nos a definição dos mais abstratos problemas da psicologia [...]. Allan Kardec: O Livro dos Espíritos. Conclusão, item 8.

O Espiritismo se apresenta sob três aspectos diferentes: o das manifestações, dos princípios e da filosofia que delas decorrem e o aplicação desses princípios. Allan Kardec: O Livro dos Espíritos. Conclusão, item 7.

Com informações da FEB

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