terça-feira, 25 de outubro de 2016


CHAVES LIBERTADORAS
 
André Luiz
 
Desgosto
Qualquer contratempo aborrece.
No entanto, sem desgosto, a conquista de experiência é impraticável.
 
Obstáculo
Todo empeço atrapalha.
Sem obstáculo, porém, nenhum de nós consegue efetuar a superação das próprias deficiência.
 
Decepção
Qualquer desilusão incomoda.
Todavia, sem decepção, não chegamos a discernir o certo do errado.
 
Enfermidade
Toda doença embaraça.
Sem a enfermidade, entretanto, é muito difícil consolidar a preservação consciente da própria saúde.
 
Tentação
Qualquer desafio conturba.
Mas, sem tentação, nunca se mede a própria resistência.
 
Prejuízo
Todo golpe fere.
Sem prejuízo, porém, é quase impossível construir segurança nas relações uns com os outros.
 
Ingratidão
Qualquer insulto à confiança estraga a vida espiritual.
No entanto, sem o concurso da ingratidão que nos visite, não saberemos formular equações verdadeiras nas contas de nosso tesouro afetivo.
 
Desencarnação
Toda morte traz dor.
Sem a desencarnação, porém, não atingiríamos a renovação precisa, largando processos menos felizes de vivência ou livrando-nos da caducidade no terreno das formas.
 
Compreendamos, em face disso, que não podemos louvar as dificuldades que nos rodeiam, mas é imperioso reconhecer que, sem elas, eternizaríamos paixões, enganos, desequilíbrios e desacertos, motivo pelo qual será justo interpretá-las por chaves libertadoras, que funcionam em nosso espírito, a fim de que nosso espírito se mude para o que deve ser, mudando em si e fora de si tudo aquilo que lhe compete mudar.
 
 JANELAS PARA A VIDA
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E FERNANDO WORM

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