quarta-feira, 30 de dezembro de 2015


Vida e triunfo
 
 
Quem disse, coração, que a prova te agrilhoa?
Que não tens condições para fazer o bem?
Olha a terra em que estás, maravilhosa e boa,
Sustentando e brunindo a força que a mantém!...
 
A árvore entrega ao vento as próprias folhas mortas,
O rio lança ao mar os detritos do mundo.
Muitas vezes, a flor com que te reconfortas
Vem de semente ao léu, no pântano profundo...
 
Verte o ouro aos filões ocultos no cascalho.
O brilhante mais puro foi carvão.
Sob o trator, a gleba é um cântico do trabalho,
Acalentando, humilde, a luz da evolução.
 
Não te digas inútil, nem te rales
Em assuntos hostis de azedume e tristeza;
Segue, deixando ao longe amarguras e males,
A estrada é um festival de esplendor e beleza!...
 
Nada se perde. A dor é o berço da alegria,
O gelo unicamente é ausência de calor,
Tudo o que foge à lei, de novo, se inicia,
Tudo a vida refaz nas gradações do amor.
 
Ampara, ama, abençoa!... Agindo e crendo, avança!...
A Caridade irmana, o Bem constrói a paz!...
Deus te envia ao caminho as asas da esperança,
Esquece-te a servir, confia e vencerás!...
 
Maria Dolores
 Do livro Paz e Libertação, psicografia de Chico Xavier

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