segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A Força do Rádio e da Televisão na Divulgação da Doutrina Espírita


 
A Força do Rádio e da Televisão na Divulgação da Doutrina Espírita

Em Obras Póstumas, disse Allan Kardec (em seu Projeto 1.868):

“Dois elementos devem concorrer para o progresso do Espiritismo; estes são: o estabelecimento teórico da Doutrina e os meios para popularizá-la.

Uma publicidade, numa larga escala, feita nos jornais mais divulgados, levaria ao mundo inteiro, e até aos lugares mais recuados, o conhecimento das idéias espíritas, faria nascer o desejo de aprofundá-los, e, multiplicando os adeptos, imporia silêncio aos detratores que logo deveriam ceder diante do ascendente da opinião”.



Percebeu que Allan Kardec falou em “popularizar a Doutrina”?

E o que é popularizar?

Certamente popularizar a Doutrina não é ter Centros Espíritas apenas para alguns poucos escolhidos.



Percebeu que Allan Kardec também falou em “uma publicidade, numa larga escala, feita nos jornais mais divulgados”.
Você já leu alguma publicidade espírita no jornais “Folha de São Paulo”, “Estadão”, “O Globo”, “Jornal do Brasil”, que são os jornais mais divulgados do país?

Estamos sendo espíritas “fazedores” ou espíritas “faladores”?
Uma pergunta: se na época em que viveu Allan Kardec houvesse televisão será que ele não teria dito “uma publicidade, numa larga escala, feita nos jornais mais divulgados e nos canais de televisão de maior audiência”?



Certamente que sim, pois a Doutrina Espírita é evolutiva.
Você já viu alguma publicidade de 2 minutos por semana nos intervalos do Jornal Nacional explicando, de forma didática e criativa, o que é o Espiritismo?


Mas isto é caríssimo. Certo. Mas nada além do que a criatividade e a união de todas as associações espíritas representativas não pudessem resolver. A solução é união e criatividade.

Dois minutos por semana na televisão, em horário nobre, durante 6 meses, faria todos conhecerem o que é o verdadeiro Espiritismo. E as igrejas que falam inverdades sobre nossa doutrina teriam que explicar para seus seguidores tudo o que falaram de impropriedades. Seria uma revolução cultural. Além do que aumentaria substancialmente os seguidores do Espiritismo. Mas o que se vê no meio espírita? Forças aglutinando-se para terem atitudes “fazedoras”?


Não.

O que se vê, com raras exceções, são instituições e associações representativas do Espiritismo geralmente trabalharem dentro de quatro paredes, sem abrirem os olhos para a necessidade do trabalho espírita lá fora, no mundo que circunda suas quatro paredes.


Os líderes espíritas precisam fazer um curso de criatividade.

No livro Reflexões Espíritas ( Editora Leal, psicografia de Divaldo Pereira Franco), disse o espírito Vianna de Carvalho: “Na hora da informática com os seus valiosos recursos, o espírita não se pode marginalizar, sob pretexto pueris, em que se disfarça a timidez, o desamor à causa ou a indiferença pela divulgação, porquanto o único antídoto à má Imprensa, na sua vária expressão, é a aplicação dos postulados espíritas”.


Certo amigo espírita disse-me “Alkíndar, nós estamos falando para nós mesmos”. E é verdade. Enquanto Jesus divulgava sua doutrina procurando atingir um público cada vez maior, nós nos contentamos com nossos fechados congressos e com nossas palestras para nosso pessoal.


Sabe quantas Rádios Espíritas existem no Brasil?


Três.

 
Isto mesmo.


Apenas três.


Dizendo de outra forma: 0,12 Rádio Espírita por estado!


Talvez seja porque não dá “Ibope”.


Engano de quem assim pensa. Está, sim, faltando ousadia aos espíritas. Há uma crescente - e muito mal explorada - demanda.
Vejamos se programas espíritas dão IBOPE:


A Federação Espírita do Paraná comprou o espaço de 1 hora em uma das Rádios FM de Curitiba-PR para colocar no ar um programa espírita. Resultado: líder do horário. Em Itajubá-MG há na Rádio local um programa semanal espírita de 30 minutos, também líder do horário. A Rádio Espírita do Rio de Janeiro transmite aos domingos pela manhã um programa espírita de 1 hora, também líder do horário.


Por que não seguirmos estes modelos?


Como vimos existem sim algumas medidas em prol da divulgação da Doutrina Espírita. Mas são - por enquanto - medidas isoladas.


Veja um exemplo de sucesso na cidade do Rio de Janeiro: a CAPEMI patrocina, aos domingos pela manhã, um programa espírita na TV Bandeirantes com uma hora de duração. É “O Despertar do Terceiro Milênio”. Certa vez o  seu coordenador, o excelente orador Geraldo Guimarães, disse-me “Alkíndar, só estamos perdendo para o Globo Rural. O nosso programa já está em segundo lugar em audiência no Rio de Janeiro!”. Veja só, como de fato demanda existe.


Outra boa notícia: há pouco tempo soube que o programa coordenado por Geraldo Guimarães e produzido pela excelente equipe de Joel Vaz (que é um dos entrevistadores do programa) já não está mais em segundo lugar em audiência. Esta em PRIMEIRO! Já passou o GlOBO RURAL!

(O programa “O Despertar do Terceiro Milênio”, de ótima qualidade, está sendo retransmitido aos domingos pelas manhã – via antena parabólica – no horário das 9h às 10h, canal de 11 a 15).


Por que os espíritas não se unem para aumentar a potência da Rádio Boa Nova, de São Paulo? Têm uma boa programação. Mas eu, que moro na cidade de São Paulo, não consigo ouvi-la em casa. E isto certamente ocorre com muitas outras pessoas.


Por que os espíritas “fazedores” não se unem para, além de aumentar sua potência, transformar também em FM (hoje é AM) essa Rádio Espírita do nosso estado?


Se quisermos deixar de falar somente para nós mesmos temos que valorizar mais o Rádio e a Televisão. O mesmo Geraldo Guimarães disse-me que em sua vida deve ter feito mais de 3.000 palestras espíritas para um público aproximado de 150.000 pessoas. Em mais de 40 anos de oratória espírita conseguiu atingir um público de 150.000 pessoas. No programa em que coordena na TV Bandeirantes-RIO, de 1 hora de duração, ele – quando participa - fala para 600.000 pessoas!!! Veja bem: Em uma hora de programa Geraldo Guimarães atinge quatro vezes mais público do que seus 40 anos de pregação!!!
Por que não utilizamos da força da televisão?


Se Jesus voltasse à Terra que mídia será que utilizaria para atingir o maior público possível?


Isto. Você acertou: Televisão.


O capítulo 5 do livro “Boa Nova” (de Humberto de Campos, psicografado por Francisco Cândido Xavier, FEB), transcreve as normas de ação que Jesus passou aos seus discípulos para que realizassem a concretização dos ideais cristãos. Em dado momento Jesus falou aos seus discípulos:


“O que vos ensino em particular, difundi-o publicamente; porque que o que agora escutais aos ouvidos será o objeto de vossas pregações de cima dos telhados” (Vide Mateus, capítulo 10, versículo 27, “Os doze e sua missão”).


Numa interpretação atual, será que a expressão “vossas pregações de cima dos telhados” não poderia ser uma antevisão da necessidade da divulgação através da televisão? Pois, o que hoje vemos em cima dos telhados são antenas de televisão. Não é?

 
Uma outra boa notícia é que a SEDA – Sociedade Espírita de Divulgação e Assistência, que aos domingos das 10h às 12h transmite o programa “Espiritismo Via Satélite”, recebeu da Embratel o canal TV SAT Digital. Agora só está faltando a união dos espíritas em prol de um bom trabalho a ser apresentado por esse canal.


Uma pergunta:


Por que, nosso estado (SP), o mais rico estado do país não tem na televisão um programa espírita num bom horário?

Para quem não sabe num dos últimos livros de Divaldo Pereira Franco o espírita João Cleofas informa que há Sanatórios na espiritualidade que têm como principal clientela espíritas desencarnados arrependidos.
Espíritas que não entenderam, quando na terra, que ser espírita, é uma missão.


Diz Allan Kardec no capítulo XVIII do livro “A Gênese”:


“Pelo seu poder moralizador, por suas tendências progressistas, pela amplitude de suas vistas, pela generalidade das questões que abrange, o Espiritismo é mais apto, do que qualquer outra doutrina, a secundar o movimento de regeneração”.


Se o Espiritismo é, como diz Kardec, a Doutrina mais apta a secundar o movimento de regeneração (que se avizinha), será que devemos deixar só para nós – seguidores do Espiritismo - este vastíssimo conhecimento que a Doutrina Espírita proporciona?


Uma importante observação:


Não pense, caro leitor, que este empenho em despertar a importância da divulgação da Doutrina Espírita seja porque creio que todos devam ser espíritas. Não é isso. Penso que a Terceira Revelação não pode caminhar timidamente como está ocorrendo. Afinal de contas é a “Terceira Revelação”.

As pessoas não precisam ser espíritas, mas os postulados espíritas precisam ser conhecidos por todos.


Alguém já disse que o Espiritismo não será a religião do futuro, mas sim, o futuro das religiões.


E isso é tudo.

Alkindar de Oliveira

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