7 de maio de 1856
(Em casa do Sr. Roustan; médium:
Srta. Japhet)
MINHA MISSÃO
Pergunta (a Hahnemann) — Outro dia,
disseram-me os Espíritos que eu tinha uma importante missão a cumprir e me
indicaram o seu objeto. Desejaria saber se confirmas isso.
Resposta — Sim e, se observares
as tuas aspirações e tendências e o objeto quase constante das tuas meditações,
não te surpreenderás com o que te foi dito. Tens que cumprir aquilo com que
sonhas desde longo tempo. É preciso que nisso trabalhes ativamente, para
estares pronto, pois mais próximo do que pensas vem o dia.
P. — Para desempenhar essa missão
tal como a concebo, são-me necessários meios de execução que ainda não se acham
ao meu alcance.
R. — Deixa que a Providência faça
a sua obra e serás satisfeito.
ACONTECIMENTOS
Pergunta — A comunicação há dias
dada faz presumir, ao que parece, acontecimentos muito graves. Poderás dar-nos
algumas explicações a respeito?
Resposta — Não podemos precisar
os fatos. O que podemos dizer é que haverá muitas ruínas e desolações, pois são
chegados os tempos preditos de uma renovação da Humanidade.
P. — Quem causará essas ruínas?
Será um cataclismo?
R. — Nenhum cataclismo de ordem
material haverá, como o entendeis, mas flagelos de toda espécie assolarão as
nações; a guerra dizimará os povos; as instituições vetustas se abismarão em
ondas de sangue. Faz-se mister que o velho mundo se esboroe, para que uma nova
era se abra ao progresso.
P. — A guerra não se
circunscreverá então a uma região?
R. — Não, abrangerá a Terra.
P. — Nada, entretanto, neste
momento, parece pressagiar uma tempestade próxima.
R. — As coisas estão por fio de
teia de aranha, meio partido.
P. — Poder-se-á, sem indiscrição,
perguntar donde partirá a primeira centelha?
R. — Da Itália.
OBRAS PÓSTUMAS – Allan Kardec - A
tradução desta obra, devemo-la ao saudoso presidente da Federação Espírita
Brasileira – Dr. Guillon Ribeiro, engenheiro civil, poliglota e vernaculista.
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