terça-feira, 19 de setembro de 2017


Corrupção

 “(...) prometendo-lhes liberdade, quando eles mesmos são escravos da corrupção, pois aquele que é vencido fica escravo do vencedor. Portanto, se, depois de terem escapado das contaminações do mundo mediante o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, se deixam enredar de novo e são vencidos, tornou-se o seu último estado pior que o primeiro.” (2 Pedro, 2:19-20.)

Os índices de corrupção no mundo são assustadores. Isso tem suscitado muitos questionamentos sobre as razões desse comportamento do homem.

Como o Cristianismo ensina um comportamento diametralmente oposto, o índice de corrupção deveria ser muito pequeno nos países cristãos.

O apóstolo Pedro, em sua segunda carta aos cristãos, aborda dois aspectos desse comportamento. Num deles, coloca a corrupção como vencedora e o que a pratica como vencido por ela, consequentemente seu escravo. No outro, aborda a responsabilidade do cristão que não resiste à sedução dos interesses materiais. Envolve-se em ato de corrupção e fica numa situação pior, devido à consciência de estar agindo em desacordo com os ensinamentos evangélicos e, portanto, contrariamente às leis de Deus.

O Espiritismo nos apresenta uma explicação lógica para esse comportamento humano inadequado. Sem dúvida, a prática da corrupção é uma das consequências do egoísmo, tema que é estudado nas questões 913 até 917 de O Livro dos Espíritos.

Ensinam-nos os Espíritos que todos os males decorrem do egoísmo, imperfeição moral que não diminui com o desenvolvimento intelectual. Ao contrário, pode até fortalecer-se, porque o homem vislumbra a possibilidade de usar a sua inteligência, conhecimentos e habilidades para atender aos seus interesses pessoais, portanto, de satisfazer ao egoísmo.

Como pode a Doutrina Espírita colaborar na erradicação da corrupção?

O conhecimento espírita desperta no homem a consciência de que reencarna para progredir, principalmente no campo moral. Ele compreende que não progredirá se não combater as imperfeições, os defeitos morais, sobretudo o egoísmo.

Enquanto o egoísmo exercer forte influência sobre as ações do ser humano, dificilmente a corrupção deixará de existir.

No futuro, quando a Humanidade conhecer os ensinamentos de Jesus e praticá-los, a corrupção desaparecerá e a justiça social deixará de ser um sonho, uma esperança, para se transformar em realidade.

 

UMBERTO FERREIRA

 

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