sábado, 12 de agosto de 2017


A CASA DO CAMINHO

“Aqui não existem idosos abandonados, mas idosos amados”.

 

“Aqui não existem idosos abandonados, mas idosos amados”. Essa é uma das frases que compõem o quadro de ensinamentos de vivência naquele lugar que resplandece amor, dedicação e felicidade. A Casa do Caminho tem um histórico de cuidar daqueles a quem sua família esqueceu-se de amar, restabelecendo muitas vezes um sorriso que há anos não fazia parte da vida daqueles vovôs e vovós.

Sempre que pensamos em um abrigo para idosos, refletimos logo sobre os números divulgados por pesquisas que relatam os maus tratos e abandono daqueles que já educaram tanta gente. Pensamos nos corações corroídos pelo tempo de esquecimento dos familiares, que se utilizam dessas instituições para livrar-se do fardo da responsabilidade de retribuir tudo aquilo que um dia receberam. Mas nos basta à primeira visita a essa Casa de Luz para vermos que as coisas não são bem assim. As conversas animadas do fim de tarde retratam uma oportunidade de aprendizado cada vez que paramos para escutar as vivências de cada um deles.

Lá encontramos poetas, dançarinos, jogadores, mecânicos, vaqueiros, boêmios, contadores de histórias, que estão sempre de braços abertos a nos escutar e ensinar a amar cada dia mais a vida. É também na Casa do Caminho, logo ali, situada às margens da BR 230 KM 470 – Sousa (PB), que a Doutrina de Amor é ensinada e propagada a todo o sertão paraibano, inspirada pelas orientações do humílimo Chico Xavier que afirmava: Minha religião é o Amor e minha Doutrina é Espírita. Nas reuniões das quartas-feiras temos a oportunidade de parar por cerca de 60 minutos e observar a magnânima obra que o Cristo nos deixou, nos inspirando a perdoar sob todas as hipóteses e nos fazendo compreender que “Fora da caridade não há salvação.”

Deve ser por tudo isso que todos aqueles que por lá passam, levam consigo o desejo incessante de voltar logo-logo e deliciar-se das energias benfeitoras daquele lugar maravilhoso. O cheiro das rosas na Praça da Paz potencializa a saudade do abraço caloroso no início de cada reunião, onde nos comprometemos sempre em propagar o amor verdadeiro do cristão.

Gratidão é a palavra que define a relação de cada um de nós com essa Casa de paz e ternura. Peço a Deus que nunca deixe apagar dentro de nós a centelha divina que nos fortalece a cada visita e faça de nós sempre irmãos do caminho.

 

Carlos Henrique 

 

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