terça-feira, 18 de julho de 2017


CAMPOS


 
Azevedo
 
 

Campos! ao recordar-te, inflama-me o peito,

E embora se me apague o cântico sem lira,

Rogo a Deus te abençoe a terra em que se mira

A vida de teu povo iluminado e eleito!

 

 

Respiro-te o perfume!... A saudade suspira!...

E contemplo outra vez no sonho em que me enfeito,

O rio, o engenho, o arado, a floração no eito

E os verdes canaviais, sob os céus de safira.

 

 

Relembro-te em prece enternecida e grata

Os dias de ouro e azul entre as noites de prata,

Beijo-te o solo em flor por tudo o que nele encerra!...

 

 

Campos! Vejo-te agira, ao brilho do amor puro,

Por estrela de Deus indicando o futuro,

Talhada no Brasil para a Glória da Terra!...

 

 

Espírito “Azevedo Cruz²”

 

 

2 – Azevedo Cruz – João Antônio de Azevedo Cruz nasceu na freguesia de Santa Rita da lagoa de Cima, Município de Campos, RJ, a 22 de julho de 1870. Joaquim Antônio de Azevedo Cruz e Constantina Cruz foram seus pais. Estudou em Campos, primeiramente no Colégio Cornélio, do Profº. Cornélio bastos, e depois no Liceu de Humanidades de Campos. Iniciou seus estudos jurídicos no Rio de Janeiro, mas recebeu grau de Bacharel na Faculdade de Direito de São Paulo. Colaborou amplamente na imprensa de Campos (Monitor Campista, A Gazeta do Povo, etc.), bem como vários jornais e revistas de Niterói, São Paulo e Rio de Janeiro. Para teatro escreveu duas revistas: “Benta Pereira” e “Terra da Goiabada”. Foi deputado à Assembleia Legislativa do Estado do Rio. Entre outros trabalhos seus, destaca-se Sonho, sua grande obra poética. Desencarnou a 22 de janeiro de 1905 em Friburgo. É considerado o Príncipe dos Poetas Campistas.

Ocioso declarar que o soneto mediúnico “Campos” retrata o estilo e as peculiaridades do grande poeta de “Amantia Verba”, que se identifica ainda, em seu estro admirável, pelo grande amor que sempre dedicou à terra natal e à sua querida gente campista.

 

 

TEMPO E AMOR

 

Francisco Cândido Xavier

e

Clovis Tavares

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