sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017


Ensinemos humildade

 

Na propaganda espírita e na extensão do evangelho, é imperioso atender à tarefa básica que nos cabe cumprir.

Ensinaremos humildade com frases oportunas e bem feitas; entretanto, se o orgulho ainda mora conosco, toda a nossa conceituação primorosa é simples ruído ao vento.

Pregaremos o impositivo da fé, mobilizando apontamentos dos grandes instrutores. Todavia, se não revelamos confiança em Deus e em nós mesmos, o próximo necessitado encontrará em nossa intimidade apenas o sermão precioso e vazio.

Encareceremos a obrigação da caridade, como exclusivo recurso na sustentação da harmonia entre as criaturas. No entanto, se o egoísmo se oculta na cidadela de nosso espírito, em vão recorreremos ao socorro da virtude, de vez que a sinceridade não nos clareará o caminho.

Demonstraremos com robusta argumentação o valor do trabalho como fator de progresso, contudo, se confiamos nossa vida à rebeldia e à ociosidade, nossos apelos redundarão em pura inutilidade, porque a ferrugem de nossa existência contagiará quem nos ouve, gerando perturbação e indisciplina.

Somos, assim, em toda parte e em todas as situações, defrontados por uma obra essencial a cuja execução não conseguiremos fugir sem dano grave. Essa obra reside no aprimoramento de nossa própria alma. Somos o problema nevrálgico da salvação terrestre.

Sem nossa elevação pessoal, o lar que nos abriga é incapaz de soerguer-se. E sem a reabilitação de nosso templo doméstico, estará sempre incompleta a recuperação social que pretendemos efetuar com o Cristo.

Acordemos, desse modo, para as exigências da Vida Eterna. Construamos em nós a humildade e o amor, a fé e o serviço.

Ao luzeiro do Evangelho, a Humanidade é a assembleia que estuda e examina, esperando-nos o testemunho renovador.

Peçamos, pois, a cristo, a força precisa para a superação de nossas próprias fraquezas, na convicção de que, aperfeiçoando com sinceridade a nós mesmos, diante do mundo, Jesus, pela redenção do mundo, fará brilhantemente o resto.

Emmanuel

Nenhum comentário:

Postar um comentário