segunda-feira, 22 de agosto de 2016


Tendo Medo

Emmanuel

 

"E, tendo, medo, escondi na Terra o teu talento..."

Mateus 25-25

 

Na parábola dos talentos, o servo negligente atribui ao medo a causa do insucesso em que se infelicita.

Recebera mais reduzidas possibilidades de ganho.

Contara apenas com um talento e temera lutar para valorizá-lo.

Quanto aconteceu ao servidor invigilante da narrativa evangélica!

Há muitas pessoas que se acusam pobres de recursos para transitar no mundo como desejariam.

E recolhem-se à ociosidade, alegando medo da ação.

 

Medo de trabalhar.

Medo de servir.

Medo de fazer amigos.

Medo de desapontar.

Medo de sofrer.

Medo de incompreensão.

Medo da alegria.

Medo da dor.

 

E alcançam o fim do corpo, como sensitivas humanas, sem o mínimo esforço para enlouquecer a existência.

Na vida agarram-se ao medo da morte.

Na morte, confessam o medo da vida.

E a pretexto de serem menos favorecidos pela natureza, transformam-se gradativamente, em campeões da inutilidade e da preguiça.

Se recebeste, pois mais rude tarefa no mundo, não te atemorizes à frente dos outros e faze dela o teu caminho de progresso e renovação. Por mais sombria seja a estrada a que foste conduzido pelas circunstâncias enriquece-a com a luz do teu esforço próprio no bem, porque o medo não serviu como justificativa aceitável no acerto de contas entre o servo e o Senhor.

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