domingo, 23 de março de 2014

Alguém para Amar


 
Alguém para Amar

O mundo está cheio de queixas. De pessoas que se dizem solitárias. Que desejariam ser amadas. Que vivem em busca de alguém que as ame, que as compreenda.


O mundo está cheio de carências. Carências afetivas. Carências materiais.


Possivelmente, observando o panorama do mundo onde vivia foi que madre Teresa de Calcutá certo dia escreveu:


Senhor, quando eu tiver fome, dai-me alguém que necessite de comida. Quando tiver sede, dai-me alguém que precise de água. Quando sentir frio, dai-me alguém que necessite de calor.


Quando tiver um aborrecimento, dai-me alguém que necessite de consolo. Quando minha cruz parecer pesada, deixe-me compartilhar a cruz do outro.


Quando me achar pobre, ponde a meu lado alguém necessitado. Quando não tiver tempo, dai-me alguém que precise de alguns dos meus minutos. Quando sofrer humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém.


Quando estiver desanimada, dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.


Quando sentir necessidade da compreensão dos outros, dai-me alguém que necessite da minha. Quando sentir necessidade de que cuidem de mim, dai-me alguém que eu tenha de atender.


Quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa.


Tornai-nos dignos, senhor, de servir nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com fome no mundo de hoje.


Dai-lhes, através de nossas mãos, o pão de cada dia, e dai-lhes, graças ao nosso amor compassivo, a paz e a alegria.


Madre Teresa verdadeiramente conjugou o verbo amar. Sua preocupação era primeiro com os outros.


Todos representavam para ela o próprio Cristo. Em cada corpo enfermo, desnutrido e abandonado ela via Jesus crucificado em um novo madeiro.


Amou de tal forma que estendeu a sua obra pelo mundo inteiro, abraçando homens de todas as raças e credos religiosos.
Honrada com o prêmio Nobel da paz, prosseguiu humilde, servindo aos seus irmãos. Tudo o que lhe importava eram os seus pobres. E os seus pobres eram os pobres do mundo inteiro.
Amou sem fronteiras e sem limites. Serviu a Jesus em plenitude. E nunca se ouviu de seus lábios uma queixa de solidão, amargura, cansaço ou desânimo.


Sua vida foi sempre um cântico de fidelidade a Deus, por meio dos compromissos com as lições deixadas por Jesus.


O Cristo precisa de almas dispostas e decididas que não meçam obstáculos. Almas que se lancem ao trabalho reconfortante e luminoso, no qual se pode ser útil de verdade.


Almas que não esperem nada dos seus atendidos a não ser a sua felicidade, sob as luzes do amigo Jesus.


Almas cujo único desejo seja o de amar intensamente, sem aguardar um único gesto de gratidão.


Almas que tenham entendido o que desejou dizer Francisco de Assis: é melhor amar do que ser amado.

Autor desconhecido

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