O MAIOR PROBLEMA
O homem é o centro.
O mundo é a periferia.
Todas as questões políticas e
administrativas, todos os enigmas sociólogos e passionais, que espalham na
Terra as mais constrangedoras crises de espíritos, dependem da solução de um
problema único para serem convenientemente decifrados – o problema do reajuste
da nossa própria alma ante as Leis Divinas.
Não há um Mestre ausente da
escola do mundo, mas sim aprendizes que fogem indefinidamente à lição.
O Senhor não menospreza os
tutelados que lhe aguardam a proteção, mas como atender ao impositivo da
comunhão se nos afastamos, sistematicamente, d’Aquele que é a luz de nossos
destinos?
Pulverizemos as cristalizações de
egoísmo e orgulho, vaidade e revolta que nos inibem a visão espiritual.
Desatulhemos o santuário íntimo,
ocupado por inutilidades e ilusões e a luz divina penetra-nos-á o coração,
determinando novas atitudes à vida consciencial.
Somos, ainda, em nosso estágio
evolutivo, quando confrontados com a inteligência Perfeita que nos rege,
humildes seres pensantes.
Ante a grandeza do Universo, as
nossas limitações são comparáveis ás que separam o verme da estrela.
Como penetrar nos domínios de
Deus quando nos demoramos imanizados à sombria concha do “eu?”
Com que títulos exigir novos
planos do Amor Divino, se ainda permanecemos em continuada recapitulação dos
primários mandamentos da justiça humanas?
Barro nas mãos sábias do oleiro, peçamos ao
Senhor nos ajude a suportar o fogo das experiências dolorosas e necessárias, a
fim de que nosso espírito adquira a luz indispensável para refletir a Eterna
Sabedoria e, então, depois de liquidado o escuro problema que somos nós, em nós
mesmos, será lícito esperar, no mundo de nossa alma, a luz da Alvorada Nova.
Emmanuel
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