quinta-feira, 29 de julho de 2021

 

EDUCAÇÃO


Educa a terra e terás o pão farto.

Educa a árvore e recolherás a bênção da fartura.

Educa o minério e obterás a utilidade de alto preço.

Educa a argila e plasmarás o vaso nobre.

 

Educa a inteligência e atingirás a sabedoria.

Educa as mãos e acentuarás a competência.

Educa a palavra e colherás simpatia e cooperação.

Educa o pensamento e conquistarás a ti mesmo.

 

Sem o alfabeto, anoitece o espírito.

Sem o livro, falece a cultura.

Sem o mérito da lição, a vida seria animalidade.

Sem a experiência e a abnegação dos que ensinam,

o homem não romperia as faixas da infância.

 

Em toda parte vemos a ação da Providência Divina

no aprimoramento da alma humana.

 

Aqui é o amor que edifica.

Além é o trabalho que aperfeiçoa.

Mais adiante é a dor que regenera.

 

Meus amigos, a Terra é a nossa escola milenária e sublime.

JESUS é o nosso Divino Mestre.

O Espiritismo, sobretudo, é obra de educação.

Façamos, pois, da educação com o Cristo o culto de nossa vida, para que a nossa

vida possa educar-se e educar com o Senhor, hoje e sempre.

 

Emmanuel

 

Frâncico Candido Xavier

Taça de Luz

segunda-feira, 26 de julho de 2021

 

Livro – O Experimento Scole: Evidências Científicas Sobre a Vida Após a Morte - Grant e Jane Solomon


Os experimentos Scole dão provas robustas da existência de Espíritos, pois registraram em áudio, fotos e vídeo a desmaterialização e rematerialização de objetos, comunicações espirituais, toques deles nos pesquisadores por meio de uma mão visível e palpável etc.


                                                                            DEUS

Deus é a causa das causas não causada. Esta prova foi descoberta por Sócrates que morreu dizendo: 

-  “Causa das causas, tem pena de mim”. 

A negação da Causa primeira leva à ciência materialista a contradizer a si mesma, pois ela concede que tudo tem causa, mas nega que haja uma causa do universo.

                                                 "Deus existe?


A existência de Deus é um fato admitido não somente pela revelação, como pela evidência material dos fatos. Nem sempre é necessário ter visto uma coisa para saber que ela existe."

quinta-feira, 22 de julho de 2021

 

7 de maio de 1856

(Em casa do Sr. Roustan; médium: Srta. Japhet)

 MINHA MISSÃO

 Pergunta (a Hahnemann) — Outro dia, disseram-me os Espíritos que eu tinha uma importante missão a cumprir e me indicaram o seu objeto. Desejaria saber se confirmas isso.

Resposta — Sim e, se observares as tuas aspirações e tendências e o objeto quase constante das tuas meditações, não te surpreenderás com o que te foi dito. Tens que cumprir aquilo com que sonhas desde longo tempo. É preciso que nisso trabalhes ativamente, para estares pronto, pois mais próximo do que pensas vem o dia.

P. — Para desempenhar essa missão tal como a concebo, são-me necessários meios de execução que ainda não se acham ao meu alcance.

R. — Deixa que a Providência faça a sua obra e serás satisfeito.

ACONTECIMENTOS

Pergunta — A comunicação há dias dada faz presumir, ao que parece, acontecimentos muito graves. Poderás dar-nos algumas explicações a respeito?

Resposta — Não podemos precisar os fatos. O que podemos dizer é que haverá muitas ruínas e desolações, pois são chegados os tempos preditos de uma renovação da Humanidade.

P. — Quem causará essas ruínas? Será um cataclismo?

R. — Nenhum cataclismo de ordem material haverá, como o entendeis, mas flagelos de toda espécie assolarão as nações; a guerra dizimará os povos; as instituições vetustas se abismarão em ondas de sangue. Faz-se mister que o velho mundo se esboroe, para que uma nova era se abra ao progresso.

P. — A guerra não se circunscreverá então a uma região?

R. — Não, abrangerá a Terra.

P. — Nada, entretanto, neste momento, parece pressagiar uma tempestade próxima.

R. — As coisas estão por fio de teia de aranha, meio partido.

P. — Poder-se-á, sem indiscrição, perguntar donde partirá a primeira centelha?

R. — Da Itália.

OBRAS PÓSTUMAS – Allan Kardec - A tradução desta obra, devemo-la ao saudoso presidente da Federação Espírita Brasileira – Dr. Guillon Ribeiro, engenheiro civil, poliglota e vernaculista.

quinta-feira, 15 de julho de 2021

 

REFLEXÕES

"Deus não se mostra, mas afirma-se mediante suas obras.

Quantos já fizeram experiências científicas com a energia elétrica? A partir de qual momento foi possível afirmar que havia prova da sua existência?

Apesar de Tales de Mileto tê-la descoberto na Grécia Antiga, se alguém afirmasse isso no século XIII, seria queimado na fogueira como demoníaco. Se falasse no início do século XVII, seria tido por louco.

Foi apenas em meados do século XVII, 23 séculos depois de Tales de Mileto, que se iniciaram estudos sistematizados da energia elétrica com Otto von Guericke.

No século XVIII vieram Ewald Georg von Kleist, Petrus van Musschenbroek, Benjamin Franklin, Luigi Aloisio Galvani e outros.

No século XIX, vieram James Clark Maxwell, Heinrich Hertz, Thomas Alva Edson e outros.

Em 1876, próximo do final do século XIX, ainda não se sabia transmitir a energia elétrica gerada.

Qual a importância disso para o estudo dos Espíritos? Ninguém vê propriamente a energia elétrica, mas apenas os efeitos que provoca, sendo possível senti-la.

Até o início do século XVIII, mesmo apesar dos estudos de alguns dos cientistas geniais aqui citados, a grande maioria das pessoas negava existir a energia elétrica.

Algo similar acontece com os Espíritos, que, em regra, não se mostram aos olhos da maioria dos humanos. Segundo Kardec, no item 105 do Livro dos Médiuns:

“Por sua natureza e em seu estado normal, o perispírito é invisível e tem isto de comum com uma imensidade de fluidos que sabemos existir, sem que, entretanto, jamais os tenhamos visto. Mas, também, do mesmo modo que alguns desses fluidos, pode ele sofrer modificações que o tornem perceptível à vista, quer por meio de uma espécie de condensação, quer por meio de uma mudança na disposição de suas moléculas. Aparece-nos então sob uma forma vaporosa”.

O estudo do Espírito enquanto objeto científico começou apenas em meados do século XIX, com Allan Kardec. Quem lê suas obras nota a sua rara racionalidade e capacidade científica, mas é preciso, como sempre, desenvolver e difundir a ciência que ele sistematizou.

Os experimentos Scole dão provas robustas da existência de Espíritos, pois registraram em áudio, fotos e vídeo a desmaterialização e rematerialização de objetos, comunicações espirituais, toques deles nos pesquisadores por meio de uma mão visível e palpável etc.

Livro – O Experimento Scole: Evidências Científicas Sobre a Vida Após a Morte - Grant e Jane Solomon

 

Como de costume, alega-se que pode haver embuste nesses experimentos.

Há pessoas que poderiam se deparar com o Espírito de um ente querido, se comunicar claramente com ele e, mesmo assim, não acreditariam que aquilo tivesse realmente ocorrido. Não adianta querer fazer enxergar aquele que não quer ver. Recorre-se com frequência à justificativa do sonho e das alucinações para afastar qualquer possibilidade espiritual.

No caso dos que estão abertos a entender os Espíritos, eles são inteligências fora do corpo físico, ou seja, são nós mesmos, humanos, desencarnados, não havendo o que temer, mas apenas respeitar e compreender. É preciso, no entanto, um forte senso crítico para que a aceitação da existência dos Espíritos, ou para que a afinidade com a Ciência Espírita, não leve a conclusões precipitadas.

Carl Gustav Jung, o pai da Psicologia Analítica, passou toda sua vida lidando com experiências mediúnicas de sua mãe e dele próprio, porém nunca afirmou existir prova científica da existência dos Espíritos.

Com receio de ser execrado do meio científico, uma vez que já tinha sofrido retaliações de Freud e outros por se interessar pelo Ocultismo, ele era muito cauteloso e não afirmou abertamente que tinha contatos com o mundo espiritual até a sua última brilhante obra, escrita quando já tinha mais de 80 anos de idade. Nela, ele afirma:

“Não foram somente os meus sonhos mas, ocasionalmente, os de outras pessoas que, revisando ou confirmando os meus, deram forma às minhas concepções a respeito de uma sobrevida” (Memórias, Sonhos e Segredos, p. 40).

Jung cita ao longo desse livro inúmeros casos de premonições dele e de outras pessoas, encontros com Espíritos durante o desprendimento da alma ao longo do sono, com coincidências incríveis e que, de tão incríveis, o levaram a concluir que aquilo não era simplesmente ação da sua imaginação.

Como todo bom cientista, Jung procurava se questionar bastante sobre todos os sonhos e visões que tinha. O mesmo acontecia com Camille Flammarion. Em texto anterior publicado aqui no blog, um leitor deixou comentário sobre o fato de o próprio astrônomo ter afirmado que as cartas escritas por ele e assinadas como “Galileu” não foram eventos mediúnicos em comunicação com Galileu Galilei, mas apenas sonhos, elementos da sua imaginação:

“Naquelas reuniões na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, escrevi, por meu lado, páginas sobre astronomia assinadas por ‘Galileu’. Essas comunicações ficavam no escritório da sociedade, e Allan Kardec publicou-as em 1867, sob o título Uranographie générale (Uranograjia Geral), em seu livro intitulado Genese (Gênese) (do qual conservei um dos primeiros exemplares, com a dedicatória do autor).

Como se nota, muito pouco mudou. O tema dos Espíritos era tratado do final do século XIX para o início do século XX pela maioria como fantástico e de forma fantasiosa. Uns queriam negar a todo custo e outros queriam acreditar a todo custo. Os famosos que acreditavam buscavam, muitas vezes, não aparecer, com receio dos preconceitos de pessoas que os criticavam duramente sem nada saber das manifestações.

Não é nenhuma novidade a desconfiança humana em relação ao que é novo, sobretudo ao que desmente suas crenças, mais especialmente ainda se disser respeito a suas crenças mais íntimas sobre quem ele é e sobre como o mundo a sua volta funciona. Flammarion nos remete, então, de volta à descoberta da eletricidade:

“Em 1791, um italiano, em Bolonha, tendo pendurado na balaustrada de sua janela rãs esfoladas, com as quais havia preparado um caldo para sua jovem esposa doente, viu-as se mexerem automaticamente, embora elas tivessem sido mortas na véspera. O fato era inacreditável e, por isso, Galvani encontrava uma oposição unânime por parte daqueles a quem contava o fato. Os homens sensatos pensavam que se rebaixariam caso se dessem ao trabalho de verificá-lo, tanto que estavam certos de sua impossibilidade. Todavia, Galvani chegara a notar que o efeito máximo se produzia quando se colocava um arco metálico de estanho e cobre em comunicação com os nervos lombares e a extremidade das patas da rã. Então, ela entrava em convulsões violentas. Ele pensou tratar-se do fluido nervoso e perdeu o fruto de suas descobertas. Ele estava reservado a Volta, ao descobrir a eletricidade” (As forças naturais desconhecidas, p. 17)."

domingo, 11 de julho de 2021

 

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO


 

12. Sede bons e caridosos: essa a chave dos céus, chave que tendes em vossas mãos. Toda a eterna felicidade se contém neste preceito: “Amai-vos uns aos outros.” Não pode a alma elevar-se às altas regiões espirituais, senão pelo devotamento ao próximo; somente nos arroubos da caridade encontra ela ventura e consolação. Sede bons, amparai os vossos irmãos, deixai de lado a horrenda chaga do egoísmo. Cumprido esse dever, abrir-se-vos-á o caminho da felicidade eterna. Ademais, qual dentre vós ainda não sentiu o coração pulsar de júbilo, de íntima alegria, à narrativa de um ato de bela dedicação, de uma obra verdadeiramente caridosa? Se unicamente buscásseis a volúpia que uma ação boa proporciona, conservar-vos-íeis sempre na senda do progresso espiritual. Não vos faltam os exemplos; rara é apenas a boa vontade. Notai que a vossa história guarda piedosa lembrança de uma multidão de homens de bem.

Não vos disse Jesus tudo o que concerne às virtudes da caridade e do amor? Por que desprezar os seus ensinamentos divinos? Por que fechar o ouvido às suas divinas palavras, o coração a todos os seus bondosos preceitos? Quisera eu que dispensassem mais interesse, mais fé às leituras evangélicas. Desprezam, porém, esse livro, consideram-no repositório de palavras ocas, uma carta fechada; deixam no esquecimento esse código admirável. Vossos males provêm todos do abandono voluntário a que votais esse resumo das Leis divinas. Lede-lhe as páginas cintilantes do devotamento de Jesus, e meditai-as.

Homens fortes, armai-vos; homens fracos, fazei da vossa brandura, da vossa fé, as vossas armas. Sede mais persuasivos, mais constantes na propagação da vossa nova doutrina. Apenas encorajamento é o que vos vimos dar; apenas para vos estimularmos o zelo e as virtudes é que Deus permite nos manifestemos a vós outros. Mas, se cada um o quisesse, bastaria a sua própria vontade e a ajuda de Deus; as manifestações espíritas unicamente se produzem para os de olhos fechados e corações indóceis.

A caridade é a virtude fundamental sobre que há de repousar todo o edifício das virtudes terrenas. Sem ela não existem as outras. Sem a caridade não há esperar melhor sorte, não há interesse moral que nos guie; sem a caridade não há fé, pois a fé não é mais do que pura luminosidade que torna brilhante uma alma caridosa.

A caridade é, em todos os mundos, a eterna âncora de salvação; é a mais pura emanação do próprio Criador; é a sua própria virtude, dada por Ele à criatura. Como desprezar essa bondade suprema? Qual o coração, disso ciente, bastante perverso para recalcar em si e expulsar esse sentimento todo divino? Qual o filho bastante mau para se rebelar contra essa doce carícia: a caridade?

Não ouso falar do que fiz, porque também os Espíritos têm o pudor de suas obras; considero, porém, a que iniciei como uma das que mais hão de contribuir para o alívio dos vossos semelhantes. Vejo com frequência os Espíritos a pedirem lhes seja dado, por missão, continuar a minha tarefa. Vejo-os, minhas bondosas e queridas irmãs, no piedoso e divino ministério; vejo-os praticando a virtude que vos recomendo, com todo o júbilo que deriva de uma existência de dedicação e sacrifícios. Imensa dita é a minha, por ver quanto lhes honra o caráter, quão estimada e protegida é a missão que desempenham. Homens de bem, de boa e firme vontade, uni-vos para continuar amplamente a obra de propagação da caridade; no exercício mesmo dessa virtude, encontrareis a vossa recompensa; não há alegria espiritual que ela não proporcione já na vida presente. Sede unidos, amai-vos uns aos outros, segundo os preceitos do Cristo. Assim seja.

– São Vicente de Paulo. (Paris, 1858.)

 

Não saiba a vossa mão esquerda o que dê a vossa mão direita 187 a 188

Capítulo XIII

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

por Allan Kardec

Com A EXPLICAÇÃO DAS MÁXIMAS MORAIS DO CRISTO EM CONCORDÂNCIA COM O ESPIRITISMO E SUAS APLICAÇÕES ÀS DIVERSAS CIRCUNSTÂNCIAS DA VIDA.

Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.

Tradução de Guillon Ribeiro

FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA – FEB

131a edição – 2a impressão (Edição Histórica) – 30 mil exemplares – 5/2013

sexta-feira, 2 de julho de 2021

 TÉDIO NÃO 


Emmanuel 


Se o tédio te assedia, 

Foge do tempo inútil. 


Vai a uma enfermaria 

De irmãos hansenianos. 


Debalde triste mãe 

Quer os filhos distantes... 


Um velho desprezado 

Aguarda um filho em vão... 


Deixa as horas vazias 

E trabalha no Bem. 


Os doentes anseiam

Por esperança e paz.