"... A fim de que o que semeia e
o que ceifa, juntamente se regozijem". (João – 4:36)
Examine a problemática de quem sofre antes de emitir opinião.
Não fale apenas por falar. Por trás de cada problema, há sutilezas que escapam ao observador superficial.
Ausculte a dificuldade do amigo, antes de exteriorizar o que você pensa.
Não arrole palavras sem conhecer a situação.
Qualquer conceito, assim precipitado, funciona mal.
Inspire confiança antes de qualquer cometimento verbal.
Não se agite.
Palavras e somente palavras não infundem a necessária paz.
Considere a questão do sofredor sob o ponto de vista dele.
Não aconselhe pelo simples fato de haver-se proposto a essa tarefa.
O conselho que você doa possui validade se encontrar receptividade no ouvinte. Penetre-se de fraternal interesse ante os fatores aflitivos que lhe apresenta o consulente.
Não lhe diga de imediato o que pensa.
Sugira o que ele deve fazer, como se fora ele próprio quem se está induzindo à ação.
Saiba ouvir primeiro, porquanto a criatura, encarnada ou não, dificilmente consegue dizer o que pretende, com a necessária exatidão.
Não exponha ideias, sucessivas, sem as indispensáveis reflexões que ajudem o ouvinte a fixá-las.
A arte de ouvir é muito importante para quem pretende ajudar.
As terapêuticas evangélicas são sempre trabalhadas no sentimento de quem as aplica.
As técnicas ajudam. A legitimidade da unção de quem coopera lobriga êxito.
A metodologia guia. A atividade honesta junto ao necessitado atinge a finalidade de conduzi-lo corretamente.
Os recursos de que você pode dispor quando pretende ajudar, aplicando a terapia do Evangelho, dependem, sobretudo, da sua exteriorização íntima, em forma de amor, interesse e caridade, legitimamente lavrados em seu esforço pessoal pelo próprio burilamento.
Não se transforme, portanto, no homem que só ensina pela palavra. Seja o cristão que prodigaliza lições pelo exemplo.
Marcos Prisco
Do livro Momentos de Decisão, psicografia de Divaldo Pereira
Franco.
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