Tarefa Espírita
Todas as obras efetuadas realmente,
em nome do Cristo, na Terra, excetuada a nossa humana participação, que
habitualmente lhes desfigura a santidade e a beleza, são grandes e
respeitáveis.
Sublimes foram todas as vidas asfixiadas no martírio e no sangue para que as sementes do Evangelho Redentor alcançassem a Humanidade e abençoado tem sido todo o esforço sincero na preservação dos tesouros da Boa Nova, seja ele realizado nas sombras do claustro ou no ambiente liberatório e reformista da praça pública.
Todos os cooperadores fiéis de Jesus refletem-LHE a Soberana Grandeza, merecendo, por isso, a nossa veneração.
A tarefa, porém, dos espíritas na atualidade, segundo cremos, dentro da condição de herdeiros de Sua Luz, reveste-se de considerável importância, de vez que, exumaram do tempo o Evangelho simples e puro, a despertar-lhe o coração para novo tipo de luta.
Não apenas o testemunho confessional que lhes revele o modo de sentir ou de crer...
Não somente o culto exterior, quase sempre inútil, por vezes, repleto de sugestões valiosas...
Não apenas a oratória que defina os méritos do Senhor e LHE proclame os dons Excelsos...
Não somente a arte, emoldurando-LHE as manifestações para uso dos outros...
Não apenas o trabalho intelectual que esclarece a mente e prepara a convicção...
Mas, sobretudo, a propaganda de Jesus nas próprias vidas, para que a leitura da exemplificação convença e tranquilize, liberte e renove a eira do mundo...
Para isso, a palavra, a fé, o entusiasmo e a monumentalização da beneficência humana são convocados, mas, acima de tudo, a esse material e imprescindível oferecer ao Senhor, na pessoa dos semelhantes, o próprio coração em forma de amor puro e serviço incessante, sem desânimo e sem desespero, na certeza de que todos somos ovelhas do Divino Pastor, que somente nos pede submissão, em favor da própria felicidade, no grande caminho de retorno à Glória Celestial.
Emmanuel
Do livro A
Verdade Responde, psicografia de Francisco Cândido Xavier
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