sábado, 2 de janeiro de 2016

Foi Deus, foi Deus, Foi Deus

Poema declamado por Alberto Almeida durante a palestra O Amor Fonte de Vida


Quem foi que fez o sol tão vivificador?
E sua luz esplandente cheia de fulgor?


 Os trilhões de estrelas que cintilam nos céus.
E as nuvens vaporosas como densos véus?


 A mecânica celeste e os arcanjos profundos.
Da eterna ciência que equilibra os mundos.


 Os microorganismos em desenvolvimento.
E os orbes gigantescos em deferecimento.


 O átomo e a nebulosa, a ameba e o Serafim.
E as origens das coisas que nunca terão fim.


 A virtude impoluta que não se modifica.
E a possante energia que a tudo vivifica.


 Quem foi que fez o vento, a chuva, o trovão?
A primavera, o outono e também o verão?


 O perfume das flores, o som, a luz, o ar.
Os campos, as florestas, a terra, o céu e o mar.


 Quem foi que fez o infravermelho e o ultravioleta?
E fez a lagarta surgir uma bela borboleta?


 O esperto gafanhoto e o formoso rouxinol.
Surgindo a alvorada aos clarões da luz do sol.


 Quem foi que fez as feras bravas e os pecos passarinhos?
A asa dos insetos e a beleza de um ninho.


 Deu agilidade a incrível pulga saltitante.
E fez o passo lerdo tardo do elefante.


 Quem foi que fez o colibri com nímia sutileza?
Sugando o mel das flores com tal delicadeza.


 O tatu escavando a cova em que se abriga.
E a faina inesgotável da minúscula formiga.


 O esperto corcel, o fogoso macaco.
E a abelha trabalhando na construção do mel.


 Quem foi que fez a ostra, o golfinho, o tubarão, a baleia?
E a engenhosa aranha tecendo a sua teia.


 E o instinto de conservação.
Como bússola infalível de orientação.


 Guiando com acertos os irracionais.
Sem nunca transgredir as regras naturais.


 As maravilhas do reino mineral.
O leito onde repousa o reino vegetal.


 Os prodígios da animalidade.
E um elo mais acima a nossa humanidade.


 E tantos outros reinos que nós desconhecemos.
Sistema de mundos que nem nos apercebemos.


 Com Jeitos tutelares arquiangelicais.
Imerso dos segredos siderais.


 Que maravilha é esta que eu não posso descrever?
Com todo dramatismo que eu pudesse ter.


 Artista inimitável, sublime ilimitável.
Me ponho de joelhos e contemplo abismado.


 E pergunto a mim mesma com estupefação.
Quem criou isso com tanta perfeição até o perdão?


 Quem dar sem pedir nada e paga sem dever nada?
E a tudo movimenta sem nunca se mover.


 Formando e transformando.
Criando e dirigindo.


 Governando e agindo.
Quem tem tamanho poder?


 Pergunto a outras vozes.
Quem que podeis dizer?


 E vos peço queridos irmãos, amigos meus.
E as vozes me respondem?


Foi Deus
Foi Deus
Foi Deus.



Poema de João de Deus Limeira

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