A Oferenda Cristã
Antigamente, a
fé exibia nos templos as vísceras fumegantes dos animais mortos, quando não
imolava o sangue humano para aliciar a simpatia dos gênios inferiores categorizados
à conta de anjos e deuses, nos santuários primitivistas.
Espetáculos
deprimentes desdobravam-se diante do altar, gerando o temor e a superstição que
orientavam a magia vulgar.
Evoluída a fé,
o incenso e a mirra, as essências e os perfumes substituíram as ofertas
sanguinolentas, modificando o culto exterior e amenizando os costumes.
Com Jesus,
entretanto, as oferendas da fé são justas e expressivas.
O discípulo do
Evangelho é convidado a imolar a si mesmo, nas áreas da renúncia pelo bem dos
semelhantes, afim de que a Terra se faça o templo do Amor Divino.
Com Cristo,
não mais oblatas de sangue e lágrimas, nem dádivas de prata e ouro...
Não mais o
ceticismo da ignorância, nem a exaltação de interesses mesquinhos, mas, sim o
próprio coração do aprendiz erguido ao trabalho da felicidade comum, em bases
no próprio aperfeiçoamento.
Se pretendes
trazer ao Mestre o feito de teu caminho, recorda que o Cristo não deseja
adoradores de sua figura excelsa, mas, artífices e servidores da Boa Nova que saibam
calar auxiliando, amar com desprendimento e servir sem repouso, porque somente
nesse culto íntimo de afetuoso devotamento, é que conseguiremos, em verdade,
comungar-lhe, hoje e sempre, a edificação do Reino de Amor e Luz.
Emmanuel
Do livro Construção do Amor, psicografia de Chico Xavier.
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