domingo, 20 de outubro de 2019


No Serviço do Senhor

Se aspiras o título de obreiro do Senhor, não olvides que o mundo é um campo imenso de trabalho para a lavoura do bem.
Não esperes facilidades na plantação.
Suportarás, naturalmente, obstáculos e perigos de toda sorte na preparação da colheita futura.
Repare ao redor de ti.
Melindre e susceptibilidades são pragas e vermes roedores, destruindo-te a sementeira.
Cólera e irritação constituem granizo e vento arrazando-te as leiras frágeis.
Compromissos com a sombra simbolizam vigorosos cipoais, asfixiando-te os esforços.
Indolência e desânimo, são ervas parasitárias, aniquilando-te a produção.
Leviandade e maledicência, representam enxurro e detritos sufocando-te as melhores promessas.
Perversidade e crítica expressam aridez e secura capazes de arruinar-te a esperança.
Lembra, pois, que cada dia é tempo abençoado de trabalhar e não confies a enxada de tua oportunidade à ferrugem da negação.
Recorda que o tempo voa, que tudo se transforma e que a própria Terra, onde se alonga a sua esfera de ação, turbilhona em pleno Céu à procura da perfeita comunhão com a Grande Luz.
Não relaciones desapontamento e mágoas, não te percas nas pedras do caminho e nem te fixes no espinheiro, que te servem por medida à fé e à serenidade.
Se te candidatas a servir com Jesus, tomemo-Lo por nosso padrão vivo e incessante, buscando-Lhe a Vontade para que nossos caprichos sejam esquecidos.
E, pautando nossas atividades sobre as normas que Lhe caracterizaram o exemplo, contemplaremos, ditosos, a colheita farta, a surgir da lama terrestre, colheita essa que nos enriquecerá de bênçãos o celeiro do coração para a Vida Eterna.

O lar é o porto de onde a alma se retira para o alto mar do mundo e quem não transporta no coração o lastro da sabedoria cristã, dificilmente escapará ao naufrágio parcial ou total.


EMMANUEL
ALVORADA DO REINO

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

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