sábado, 14 de abril de 2018


Terra, Nossa Escola

Contempla a beleza da Terra - a nossa velha escola - para que a treva do pessimismo não te negreje a estrada anulando-te o tempo na regeneração do destino.
Não será fazer lirismo inoperante, mas sim descerrar os olhos no painel das realidades objetivas:
Repara o sol que é luz sublime e infatigável...
O céu a constelar-se em turbilhões de estrelas, novas pátrias de luz, exaltando a esperança...
A fome que se entrega, mitigando-te a sede...
A árvore generosa a proteger-se os passos...
A semente minúscula abrindo-se em flor e pão...
O lar aconchegante a guardar-te, ditoso...
Entretanto, muitas vezes, trazemos em nós próprios, tristeza e crueldade por tóxicos da vida.
E renascentes do ontem, cujos minutos gastamos na edificação do próprio infortúnio, temos o coração como um pote de fel, aniquilando em nós as bênçãos da alegria.
Não podemos negar, a condição de espíritos prisioneiros, quando se nos desdobra a experiência no corpo, entretanto, é nesse cárcere oportuno e valioso que recapitulamos as nossas lições perdidas.
É na veste da carne que tornamos ao adversário do pretérito, à afeição mal vivida, ao obstáculo que se fez resultado de nossa própria incúria.
Não há, na Terra, mal senão em nós mesmos - mal de nossa rebeldia multimilenária diante da Eterna Lei gerando os males que nos marcam a imprevidência...
Descerremos, desse modo, as portas de nossa alma à luz da grande compreensão e buscando aprender com os recursos do mundo, que nos amparam em nome da Providência, reajustemo-nos no amor que entende e auxilia, purifica e serve sempre, na certeza de que, refletindo em nós os Propósitos Divinos do bem que nunca morre, encontraremos, desde agora, nas complexidades e nevoeiros da Terra, o precioso trilho de nossa ascensão para o Céu.

LUZ NO CAMINHO

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
EMMANUEL

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