EM
NÓS
Paciência incessante em todas as dores e em todas as
circunstâncias, a fim de que venhamos a transpor com segurança as dificuldades
que vigem por fora, mas também cultivar paciência conosco, para construirmos a
nobilitação que nos é necessária. Com isso, não queremos dizer que devamos
acalentar as nossas fraquezas ou aplaudir as próprias faltas, mas sim que não
nos cabe interromper a edificação, no mundo íntimo, quando surjam falhas em
nós, no serviço do bem que nos toca fazer.
Frequentemente; fugimos envergonhados, desertando das tarefas de
elevação, martelando confissões qual se pregássemos esponjas de farpas no
coração, para que nos firamos a toda hora.
E
repetimos a cada instante:
-
Verifiquei que não presto...
-
Tentei melhorar-me e não pude...
-
Não me peçam voltar ao serviço, que não sou santo...
-
Larguei a oração porque tenho lama no pensamento...
-
Sou um poço de vermes...
-
Não quero perturbar os outros com os meus defeitos...
-
Sou um monte de erros...
Há quem recorra ao rifão popular: “pau que nasce torto tem a
sombra torta”, esquecendo-se de que existem milhares de troncos, tortos na
configuração externa, guardando seiva robusta e sadia, na produção dos frutos
com que alimentam as criaturas.
Cair
é acidente próprio dos que caminham...
Refocilar-se
no chão é próprio dos que se animalizam.
Aprendamos
a emendar, corrigir, restaurar, refazer...
Nos derradeiros ensinamentos, Jesus não se esqueceu de induzir-nos
à calma, recomendando aos seguidores: “na paciência, possuireis as vossas
almas”.
Isso realmente significa que precisamos de paciência, não só para
angariar a simpatia e a colaboração das almas alheias, mas para educar também
as nossas.
Emmanuel
CAMINHO
ESPÍRITA
AUTORES DIVERSOS
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