ATRIBULAÇÕES
Se há crentes aguardando vida
fácil, privilégios e favores na Terra em nome do Evangelho, semelhante atitude
deve correr à conta de si mesmos.
*
Jesus não prometeu prerrogativas
aos seus continuadores.
O Mestre foi, aliás, muito claro,
neste particular. Não estimulou a preguiça, nem criou falsas perspectivas no
caminho do aprendizado. Asseverou que os discípulos e seguidores teriam
aflições e que o mundo lhes ofereceria ocasiões de luta, sem esquecer a
recomendação de bom ânimo.
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Seria inútil induzir-se alguém à
coragem, nos lugares e situações onde fosse dispensável.
Se o Mestre aludiu tanta vez à
necessidade de ânimo sadio, é que não ignorava a expressão gigantesca dos
serviços que esperavam os colaboradores.
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A experiência humana ainda é um
conjunto de fortes atribulações que costumam multiplicar-se à medida que se nos
eleve a compreensão.
O discípulo do Evangelho não deve
esperar repouso, quando o Mestre continua absorvido no espírito de serviço.
Para ele, férias e licenças na atividade habitual deveriam constituir
cancelamento de oportunidades.
*
Alguns se queixam das
perseguições, outros se alarmam, quando incompreendidos. Suas existências
parecem ilhas de amargura e preocupação, cercadas de ondas revoltas do mundo.
Aqui, parentes humilham, acolá
fogem amigos.
A ironia perturba-os, a calúnia
persegue-os.
Mas, justamente nesse quadro é
que se verifica a promessa do Salvador.
Responsabilidades e compromissos
envolvem sofrimentos e preocupações.
Certo, não pediríamos trabalho a
Jesus, nem o receberíamos de sua bondade infinita, para fins de ociosidade ou
brincadeira, estamos em serviço e testemunho.
Aprendizes do Evangelho,
encarnados ou desencarnados, teremos aflições nas esferas terrestres, mas,
tenhamos fé e bom ânimo.
Jesus venceu o mundo.
EMMANUEL. do livro ABRIGO, de Francisco Cândido Xavier.
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