Migalha de Amor
Não
menosprezes a migalha de amor que te pode marcar o concurso no serviço do bem.
Estende o
coração através dos braços e auxilia sempre.
Quem definirá,
entre os homens, toda a alegria da xícara de leite nos lábios da criancinha
doente ou da gota de remédio na boca atormentada do enfermo? Quem dirá o preço
de uma oração fervorosa, erguida ao Céu, em favor do necessitado? Quem medirá o
brilho oculto da caridade que socorre os sofredores e desvalidos?
Recorda a
importância do pano usado para os que choram de frio, da refeição desaproveitada
para o companheiro subnutrido, do vintém a transformar-se em mensagem de reconforto,
do minuto de conversação consoladora que converte o pessimismo em esperança, e
auxilia quanto possas.
Lembra-te que
Jesus renovou a Terra, utilizando diminutas migalhas de boa vontade e
cooperação... Dos recursos singelos da Manjedoura faz o mais belo poema de
humildade, de cinco pães e dois peixes retira o alimento para milhares de
criaturas, em velhos barcos emprestados erige a tribuna das sublimes revelações
do Céu... Para ilustrar seus preciosos ensinamentos, detém-se na beleza dos
lírios do campo, salienta o valor da candeia singela, comenta a riqueza de um
grão de mostarda e recorre ao merecimento de uma dracma perdida.
Não olvides
que teu coração é esperado por bênção viva, na construção da felicidade humana
e, empenhando-lhe, agora,a tua migalha de carinho, recolhê-la-ás, amanha, em forma
de alegria eterna no Reino do Eterno Amor.
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