Lábios
“Este
povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim”. Jesus (Mateus,
15.8).
Com os lábios,
beijam as mãos da Terra as flores sublimes da vida, cooperando nas obras
divinas do Eterno, mas, com os lábios obedeceu a Judas às vozes inferiores,
entregando o Senhor com um beijo de ingratidão.
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Com os lábios,
os apóstolos do trabalho fazem o verbo criador nos serviços nobres do planeta;
todavia, igualmente com eles, os mentirosos e os perversos espalham a maldade
no mundo.
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Das potências
do corpo são os lábios das mais delicadas e importantes. Portas da língua que
pode salvar e arruinar; edificar e destruir, não devem permanecer distantes de
sentinelas da disciplina.
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A palavra do
homem é criação sua, que lhe testificará a vida. O beijo da criatura é laço que
determinarás sua união com o bem ou com o mal.
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Os lábios dão
passagem ao verbo e transmite o beijo.
Quantos
sofrimentos se espalham na Terra, através da palavra leviana ou fingida e do
ósculo criminoso ou insincero? Entretanto, a maioria dos homens persiste em desconhecer
o papel dos lábios na própria existência.
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Se procurares,
porém, a união com o Senhor, repara o que dizes e como dizes, observa os afetos
a que te unes e a maneira pela qual estima a alguém.
O grande
problema não reside em falares tudo o que pensas, nem no apego às situações com
todas as tuas forças, mas em falares e amares, pondo nos lábios a sinceridade
construtiva do amor cristão.
Emmanuel
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