terça-feira, 22 de agosto de 2017


O Evangelho no Coração

 

 

Quando o Evangelho vive somente em nossa cabeça, sofremos o perigo de queda nas discussões infindáveis, porque a intemperança mental e a vaidade sempre fazem a boa vizinhança.

Quando se localiza, exclusivamente, em nossos olhos, é provável desçamos da luminosa posição de companheiros para a condição de inquisidores e fiscais dos nossos melhores amigos, porquanto, é sempre mais fácil descobrir os erros alheios que surpreender os nossos.

Quando jaz situado simplesmente em nossos ouvidos, somos suscetíveis de perder valiosas sementeiras de fraternidade, de vez que a nossa vigilância imperfeita, sem qualquer dificuldade, se converte em suspeita.

Quando palpita, entretanto, em nosso coração, o Evangelho renova-nos a vida. Brilha dentro de nós, por abençoada estrela de compreensão e misericórdia.

Seus raios divinos apagam a malícia em nosso olhar, santificando-nos a audição e sublimando-nos os impulsos, intenções e motivos; elevam nossos sentimentos para o Céu, projetando-os simultaneamente na Terra, através de nossos braços, em obras genuínas de amor, fraternidade e sabedoria.

Quando encontrarmos o discípulo do Senhor, sem oportunidades de fixar as cicatrizes e defeitos do próximo, sem horas para guardar os tóxicos da maledicência e sem ocasião para salientar os males dos outros mantendo-se tranqüilamente no santo serviço da caridade e da luz, a bem de todos, estejamos convencidos de que esse companheiro terá colocado o Testamento Redentor, no imo do peito, vivendo entre os necessitados e sofredores do caminho terrestre, na condição de abençoada lâmpada acesa que sombra alguma alcançara.

 

Simplifiquemos...

 

Há ricos de ouro tão inutilmente preocupados com os patrimônios que lhes não pertencem, como há pobres flagelados sem proveito pela obsessão da necessidade.

 

PERANTE JESUS

 

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

EMMANUEL

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