A CASA DO CAMINHO
“Aqui não existem idosos abandonados, mas idosos amados”.
“Aqui não existem idosos abandonados, mas idosos amados”. Essa é uma das frases que compõem o quadro de ensinamentos de vivência
naquele lugar que resplandece amor, dedicação e felicidade. A Casa do Caminho
tem um histórico de cuidar daqueles a quem sua família esqueceu-se de amar,
restabelecendo muitas vezes um sorriso que há anos não fazia parte da vida
daqueles vovôs e vovós.
Sempre que
pensamos em um abrigo para idosos, refletimos logo sobre os números divulgados
por pesquisas que relatam os maus tratos e abandono daqueles que já educaram
tanta gente. Pensamos nos corações corroídos pelo tempo de esquecimento dos
familiares, que se utilizam dessas instituições para livrar-se do fardo da
responsabilidade de retribuir tudo aquilo que um dia receberam. Mas nos basta à
primeira visita a essa Casa de Luz para vermos que as coisas não são bem assim.
As conversas animadas do fim de tarde retratam uma oportunidade de aprendizado
cada vez que paramos para escutar as vivências de cada um deles.
Lá
encontramos poetas, dançarinos, jogadores, mecânicos, vaqueiros, boêmios, contadores
de histórias, que estão sempre de braços abertos a nos escutar e ensinar a amar
cada dia mais a vida. É também na Casa do Caminho, logo ali, situada às margens
da BR 230 KM 470 – Sousa (PB), que a Doutrina de Amor é ensinada e propagada a
todo o sertão paraibano, inspirada pelas orientações do humílimo Chico Xavier
que afirmava: Minha religião é o Amor e minha Doutrina é Espírita. Nas reuniões
das quartas-feiras temos a oportunidade de parar por cerca de 60 minutos e
observar a magnânima obra que o Cristo nos deixou, nos inspirando a perdoar sob
todas as hipóteses e nos fazendo compreender que “Fora da caridade não há
salvação.”
Deve ser por
tudo isso que todos aqueles que por lá passam, levam consigo o desejo
incessante de voltar logo-logo e deliciar-se das energias benfeitoras daquele
lugar maravilhoso. O cheiro das rosas na Praça da Paz potencializa a saudade do
abraço caloroso no início de cada reunião, onde nos comprometemos sempre em
propagar o amor verdadeiro do cristão.
Gratidão é a
palavra que define a relação de cada um de nós com essa Casa de paz e ternura.
Peço a Deus que nunca deixe apagar dentro de nós a centelha divina que nos
fortalece a cada visita e faça de nós sempre irmãos do caminho.
Carlos Henrique
Nenhum comentário:
Postar um comentário