QUE FAZES? - QUE
PRODUZES?
A
vida nunca deixará sem contas o tempo que nos empresta.
A
fonte oculta no campo desamparado é uma bênção para o chão ressequido.
A árvore é
doadora constante de utilidades e benefícios.
A cova minúscula
é berço da sementeira.
A erva tênue faz
a provisão do celeiro.
A abelha
pequenina fabrica mel que alivia o doente.
O barro humilde,
ao calor da cerâmica, se transforma em sustentáculo da habitação.
Nos
estábulos e nos redis, há milhões de vidas inferiores, extinguindo-se em dádivas
permanentes ao conforto da Humanidade, produzindo leite e lá para que povos
inteiros se alimentem, se agasalham e desenvolvem.
***
E nós, que
desfrutamos a riqueza do tempo, que fazemos da sublime oportunidade de criar o
bem?
***
Ainda
que fujamos para os derradeiros ângulos do Planeta, um dia chegará em que a
Verdade Divina se dirigirá a nós outros, indagando:
-
Que produzes? Que fazes da saúde, do corpo, da inteligência, dos recursos
variados que a vida te deu?
***
Lembremo-nos
de que na própria crucificação, o Mestre Divino produziu a Ressurreição por
mensagem de imortalidade ao mundo de todos os séculos.
***
Não
te esqueças, meu amigo, de que a felicidade é uma equação de rendimento ao
esforço da criatura, na imprevisão do bem e na extensão dele e não olvides que,
provavelmente, não vem longe o minuto em que prestarás contas de teu
aproveitamento nas bênçãos de trabalho e paz, alegria e luz, que vens atravessando
na condição de usufrutuário da Terra.
Emmanuel
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