X
Não precisamos remontar a
existências passadas para sondar a nossa cultura de desequilíbrio e sofrimento.
Basta analisar as nossas tendências
e escolhas na peregrinação de cada dia.
XI
Não permitas que o dinheiro
te tome o coração, usando-te a existência, qual despótico senhor e sim
conduzamo-lo, através da utilidade, do entendimento, da beneficência e cooperação
no bem.
XII
A pobreza é mera ficção.
Todos temos algo.
Todo podemos auxiliar.
Todos podemos servir.
E consoante a palavra do
Mestre, "o maior na vida será sempre aquele que se fizer o
devotado servidor de todos."
XIII
Ninguém se elevará para
Deus, humilhando ou perturbando, no campo infeliz da discórdia e da crueldade,
ainda mesmo que o nome do Senhor lhes marque a visitação e lhes cintile na
boca.
XIV
Cada pessoa que te busca é
alguém que regressa de longe para auxiliar-te na edificação da felicidade ou
para auxiliar-te no aprimoramento interior que necessitas desenvolver.
XV
Moléstias do corpo e
impedimentos do sangue, mutilações e defeitos, inquietações e deformidades,
fobias complexas e deficiências inúmeras constituem pontos de corrigenda do
nosso passado que hoje nos restauram à frente do futuro.
XVI
Observa.
Nunca sabemos se a nossa
humildade vive emoldurada no orgulho e nunca podemos precisar até que ponto
caminha a nossa caridade sem o travão do egoísmo.
XVII
Enquanto alimentarmos o
mal em nossos pensamentos, palavras e ações, estaremos sob os choques de
retorno das nossas próprias criações dentro da vida.
XVIII
À maneira do martelo que,
tangendo a pedra, acaba aperfeiçoando-lhe os contornos ou Salientando-lhe a
beleza, aquele que se coloca em oposição à nossa maneira de crer, sentir ou
pensar, frequentemente é fator de estímulo à elevação de nossos dotes pessoais.
XIX
A Justiça edifica a penitenciária.
O amor levanta a escola.
A Justiça tece o grilhão.
O amor traz a bênção.
Quem fere a outrem encarcera-se
nas consequências da própria atitude.
Quem auxilia adquire o tesouro da simpatia.
Quem perdoa eleva-se.
Quem se vinga desce aos
despenhadeiros da sombra.
XX
Não é a beleza da forma
que cria o fel do desencanto.
É a vaidade com que a
malbaratamos no desequilíbrio.
XXI
Quem será mais rico de
verdadeira felicidade: o homem que agoniza sobre um monte de ouro ou aquele que
pode respirar os perfumes do vale, entre a paz do trabalho e a misericórdia da
luz?
XXII
Trabalha e vive.
XXIII
Não é a dádiva de tua
abastança ou o valor da tua cultura que mais importam no serviço de elevação e
aprimoramento da paisagem que te rodeia.
É o modo com que passas a
exprimi-los, cedendo de ti mesmo naquilo que o Senhor te emprestou para
distribuir, porquanto a atitude é o fator de fixação desse ou daquele sentimento
no vasto caminho humano.
XXIV
Auxiliar aos outros é recomendação
do Céu e, em razão disso, auxiliemos sempre, seja amparando a um companheiro
infeliz, protegendo uma fonte ameaçada pela secura ou plantando uma árvore
benfeitora que amanhã falará por nós à margem do caminho.
Do livro "SEMENTE"
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
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