Bom combate
Reunião pública de 20-1-61
1ª parte, cap. V, item 6
1ª parte, cap. V, item 6
Voltando
à Pátria Espiritual, depois da morte, estamos frequentemente na condição
daquele filho pródigo da parábola, de retorno à casa paterna para a bênção do
amor.
Emoção
do reencontro.
Alegria
redescoberta.
Entretanto,
em plena festa de luz, quase sempre desempenhamos o papel do conviva do cérebro
deslumbrado, trazendo espinhos no coração.
Por
fora, é o carinho que nos reúne.
Por
dentro, é o remorso que nos fustiga.
Vanguarda
que fulgura.
Retaguarda
que obscurece.
Êxtase
e dor.
Esperança
e arrependimento.
Reconhecidos
às mãos luminosas que nos afagam, muitos de nós sentimos vergonha das mãos
sombrias que oferecemos.
E
porque a Lei nos infunde respeito à justiça, aspiramos a debitar a nós próprios
o necessário burilamento e a suspirada felicidade.
Rogamos,
dessa forma, a reencarnação, à guisa de recomeço, buscando a tarefa que
interrompemos e a afeição que traímos, o dever esquecido e o compromisso
menosprezado, famintos de reajuste.
*
Agradece,
assim, o lugar de prova em que te sintas.
Corpo
doente, companheiro difícil, parente complexo, chefe amargo e dificuldade
constante são oportunidades que se renovam.
Todo
título exterior é instrumentação de serviço.
A
existência terrestre é o bom combate.
Defeito
e imperfeição, débito e culpa são inimigos que nos defrontam.
Aperfeiçoamento
individual é a única vitória que não se altera.
E,
em toda parte, o verdadeiro campo de luta somos nós mesmos.
Emmanuel,
do livro Justiça Divina
Estudos
e dissertações em torno da obra
“O
Céu e o Inferno”, de Allan Kardec
Francisco
Cândido Xavier
Ditado
pelo Espírito
Emmanuel
1ª
parte, cap. V, item 6
6. Devido às suas imperfeições, o Espírito culpado sofre
primeiro na vida espiritual, sendo-lhe depois facultada a
vida corporal como meio de reparação. É por isso que ele se
acha nessa nova existência, quer com as pessoas a quem
ofendeu, quer em meios análogos àqueles em que praticou
o mal, quer ainda em situações opostas à sua vida precedente,
como, por exemplo, na miséria, se foi mau rico, ou
humilhado, se orgulhoso.
A expiação no mundo dos Espíritos e na Terra não
constitui duplo castigo para eles, porém um complemento,
um desdobramento do trabalho efetivo a facilitar o progresso.
Do Espírito depende aproveitá-lo. E não lhe será preferível
voltar à Terra, com probabilidades de alcançar o céu, a
ser condenado sem remissão, deixando-a definitivamente?
A concessão dessa liberdade é uma prova da sabedoria, da
bondade e da justiça de Deus, que quer que o homem tudo
deva aos seus esforços e seja o obreiro do seu
futuro; que,
infeliz por mais ou menos tempo, não se queixe senão de si
mesmo, pois que a rota do
progresso lhe está sempre franca.
O CÉU E O INFERNO C A P Í T
U L O V Allan Kardec
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