Estudando a Infância
Emmanuel
O espírito –
viajante da Eternidade – adormece no berço para acordar na sementeira, tanto
quanto adormece no túmulo para acordar na colheita.
E o homem que
amadurece na experiência terrena suspira por encontrar além da morte, braços
amigos que o sustentem na grande romagem para a Divina Luz.
Todavia, cada
criatura desperta, depois da morte, na região para a qual dirigiu os próprios passos.
Há quem reabra
os olhos na paisagem reconfortante do amor e da alegria, consoante a alegria e
ao amor que plantou na leira humana, mas também há quem se reconquiste em pleno
espinheiro de aflição e sofrimento, segundo a aflição e o sofrimento que espalhou
na própria estrada.
Por isso
mesmo, é possível observar na própria Terra, a lei de correspondência, pela
qual cada um responde pelas próprias obras.
Cada espírito
renasce na posição que merece, de acordo com as dívidas ou aquisições a que se
ajusta.
Há quem nasça
no ódio com que intoxicou o próprio destino, como há quem retoma o corpo com as
mesmas feridas que, ontem, estampou na própria alma.
Daí, o
impositivo de entendermos na infância, não a estação de irresponsabilidade festiva,
mas a hora favorável de abençoada preparação do futuro.
Receberemos,
amanhã, na alma confiada às nossas mãos, aquilo que hoje lhe oferecemos.
Nossos filhos
no mundo são consciências que gravitam em torno de nossa vida refletindo, agora
ou mais tarde, o nosso devotamento ou a nossa deserção.
Não vale
iludir a criança com a fantasia do dinheiro ou do privilégio; anestesiando-a na
leviandade.
O lar é, antes
de tudo, a escola do caráter e, somente quando os responsáveis por ele se
entregarem, felizes, ao sacrifício próprio, para a vitória do amor, é que a
vida na Terra será realmente de paz e trabalho, crescimento e progresso, porque
o homem encontrará na criança as bases justas do programa da redenção.
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