Dor
Bendita
Epiphanio Leite
Lembro-te, velho amigo, a
triste liderança...
Ajudas-te ao corcel... O corcel
rincha e voa...
Ordenas atacar, a trombeta
ressoa...
Levas contigo a morte e o
sofrimento avança.
Aniquilas a vida, extingues a
esperança...
Matas, feres, destróis,
envileces à-toa...
Fazem-te chefe e rei, guardas
cetro e coroa,
Mas, em plena vitória, o túmulo
te alcança!...
Depois de tanto tempo, achei-te
reencarnado;
Mendigo sem ninguém, redimes o
passado...
Dói-me fitar-te a lepra em
calvário imprevisto...
Entretanto, bendize a dor que
te consterna,
Por ela, ascenderás à luz da
vida eterna,
Para servir ao Bem, entre as
hostes do Cristo!...
(Versos dedicados a um
companheiro que conheci, há quatro séculos, na condição de guerreiro eminente e
rei triunfante, amigo esse que teve a infelicidade de abusar do poder, na
prática do mal, e que hoje reencontrei reencarnado, na posição de mendigo,
entregue a dolorosas provações, na via pública).
VIDA
EM VIDA
FRANCISCO
CÂNDIDO XAVIER
ESPÍRITOS
DIVERSOS
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