Caminhos Errados
Emmanuel
Os afeiçoados à calúnia e à maledicência distribuem venenosos
quinhões de trevas com que se improvisam grandes males e grandes crimes.
(V. L.)
A calúnia é isolada no algodão do silêncio.
(R. – 7/952)
Se o caluniador pudesse desintegrar a crosta de sombra que lhe
enlouquece a visão, observando o sofrimento que o espera no acerto de contas
com a verdade, paralisaria as cordas vocais ou imobilizaria a pena, a fim de
não confiar-se à acusação descabida.
(R. – 6/953)
Não será lícito perdermos tempo em contendas inúteis, quando o
trabalho do Cristo reclama o nosso esforço.
(P. E.)
Lute-se contra o crime, mas ampare-se a criatura que se lhe
enredou nas malhas tenebrosas.
(P. N.)
A descrença só conhece a vida pelas sombras que os seus movimentos
projetam e nada entende além da noite e do pântano a que se condena por
deliberação própria.
(C. V. V.)
Se cuidarmos muito de nós mesmos, nesse capítulo de sofrimentos,
não daremos conta do recado; e se paralisarmos a marcha nos lances difíceis,
ficaremos com os tropeços e não com o Cristo.
(P. E.)
Se o homicida conhecesse, de antemão, o tributo de dor que a vida
lhe cobrará, no reajuste do próprio destino, preferiria não ter braços para
desferir qualquer golpe.
(R. – 6/953)
A inatividade costuma induzir-nos a falsas apreciações dos
desígnios de Deus, a impaciências, a desesperações e rebeldias...
(Ren.)
A criatura que apenas trabalhasse, sem método e sem descanso,
acabaria desesperada, em horrível secura do coração ; aquela que apenas se
mantivesse genuflexa, estaria ameaçada de sucumbir pela paralisia e ociosidade.
(C. V. V.)
Quem se preocupa em transpor diversas portas, em movimento
simultâneo, acaba sem atravessar porta alguma.
(P. N.)
Cérebros e corações, mãos e pés, em disponibilidade, palavras ocas
e pensamentos estanques constituem congelamento deplorável do serviço da
evolução.
(Rot.)
A intolerância jamais compareceu ao lado de Jesus, na propagação
da Boa Nova.
(Rot.)
A queixa é um vício imperceptível que distrai pessoas
bem-intencionadas da execução do dever justo.
(V. L.)
A queixa não atende à realização cristã, em parte alguma, e
complica todos os problemas.
(V. I.)
Lembra-te de que o tédio é um insulto à fraternidade humana,
porque a dor e a necessidade, a tristeza e a doença, a pobreza e a morte não se
acham longe de ti.
Há muito trabalho por fazer, além dos teus muros felizes.
(R. – 3/950)
Ser tentado é ouvir a malícia própria, é abrigar os inferiores
alvitres de si mesmo, porquanto, ainda que o mal venha do exterior, somente se
concretiza e persevera se com ele afinamos, na intimidade do coração.
(C. V. V.)
É imprescindível vigiar a boca, porque o verbo cria, insinua,
inclina, modifica, renova ou destrói, por dilatação viva de nossa
personalidade.
(V. L.)
Certo, o caminho humano oferece, diariamente, variados motivos à
ação enérgica; entretanto, sempre que possível, é útil adiar a expressão
colérica para o dia seguinte, porquanto, por vezes, surge a ocasião de exame
mais sensato e a razão da ira desaparece.
(C. V. V.)
A cólera não resolve os problemas evolutivos e nada mais significa
que um traço de recordação dos primórdios da vida humana em suas expressões
mais grosseiras.
(Con.)
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