Caridade
- Atitude
Caridade que se expresse tão somente
na cessão do supérfluo pode facilmente induzir-nos à vaidade.
Não é difícil dar o que
retemos, no entanto, a virtude genuína pede a doação de nós mesmos, através do
que temos e do que somos.
Em razão disso, é preciso não
esquecer que a caridade também e acima de qualquer circunstância, o sentimento
que nos rege a atitude.
No templo doméstico, é
compreensão e gentileza.
Em família, é cooperação
desinteressada e fraterna.
Na profissão, é a honestidade.
No trabalho, é o dever bem
cumprido.
Na dor, é fortaleza.
Na alegria, é temperança.
Na saúde, é a presença útil.
Na enfermidade, é a paciência.
Na abastança, é o serviço a
todos.
Na pobreza, é diligência.
Na direção, é a
responsabilidade.
Na obediência, é humildade
digna.
Entre amigos, é a confiança.
Entre adversários, é perdão das
ofensas.
Entre os fortes, é o socorro
aos mais fracos.
Entre os bons, é o auxílio aos
menos bons.
Na cultura, é o amparo à
ignorância.
No poder, é a autoridade sem
abuso.
Em sociedade, é o apoio fraterno
que devemos uns aos outros.
Na vida privada, é a conduta
reta ante o próprio julgamento.
Não vale espalhar um tesouro
amoedado com as vítimas de penúria, alimentando o ódio e a incompreensão, a
revolta e o pessimismo nas almas.
Aceitemos a
experiência que o Senhor nos reserva cada dia, fazendo o melhor ao nosso
alcance.
Seja a nossa tarefa um cântico
de paz e esperança, eficiência e alegria, onde estivermos.
E recebendo o divino dom de
pensar e entender, irradiando os mais belos ideais que nos enriquecem a vida,
em forma de serviço aos semelhantes, a caridade será, em nossos corações, a luz
constante clareando, desde as sombras da terra os mais remotos horizontes de
nosso luminoso porvir.
Mensagem de Emmanuel,
do livro Duzentos, psicografia de Chico Xavier.
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