domingo, 28 de janeiro de 2018


SEMPRE AMOR

 

Se a provação te alcança,

Contempla a Natureza, alma querida e boa,

E encontrarás, na Terra, em toda parte,

O lar de luz que nos aperfeiçoa.

 

Dores? Dizes que as dores lembram trevas

Compelindo-te o sonho a persistir de rastros...

Fita o império da noite desvendando

A floresta dos astros.

 

Renúncia? Há quem afirme que a renúncia

É carga improdutiva para o amor...

Olha o brilhante arrebatado à pedra,

Esbanjando esplendor.

 

Sofrimento? Assevera a rebeldia

Que todo sofrimento é processo infecundo,

Mas a fonte filtrada entre os punhais da rocha

Acrescenta o conforto e a beleza do mundo.

 

Crises? Lembra o fragor da tempestade...

O campo grita ao furação violento...

Depois, o chão se alimpa e o Sol espalha

Mais Ouro e mais Azul no firmamento.

 

Sacrifício? Medita sobre o tronco

A tombar sem apoio a que se arrime...

Depois, fez-se violino entre mãos hábeis

Interpretando a música sublime.

 

Morte? Se crês que a morte é o fim de tudo,

Qual abismo escavado abismo agressores,

Fita a semente nua a renascer do solo

Para ser planta nova e esmaltar-se de flores...

 

Escuta, alma querida! A vida é sempre amor

Do mais nobre caminho aos mais plebeus

E a presença da dor, em qualquer parte,

É uma bênção de Deus.

 

Maria Dolores

 

Livro: “A Terra e o Semeador” – Psicografia de Francisco C. Xavier – Espírito Emmanuel

 

Deus não nos pede o impossível.

Emmanuel

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