SEMPRE
AMOR
Se a
provação te alcança,
Contempla
a Natureza, alma querida e boa,
E
encontrarás, na Terra, em toda parte,
O
lar de luz que nos aperfeiçoa.
Dores?
Dizes que as dores lembram trevas
Compelindo-te
o sonho a persistir de rastros...
Fita
o império da noite desvendando
A
floresta dos astros.
Renúncia?
Há quem afirme que a renúncia
É
carga improdutiva para o amor...
Olha
o brilhante arrebatado à pedra,
Esbanjando
esplendor.
Sofrimento?
Assevera a rebeldia
Que
todo sofrimento é processo infecundo,
Mas
a fonte filtrada entre os punhais da rocha
Acrescenta
o conforto e a beleza do mundo.
Crises?
Lembra o fragor da tempestade...
O
campo grita ao furação violento...
Depois,
o chão se alimpa e o Sol espalha
Mais
Ouro e mais Azul no firmamento.
Sacrifício?
Medita sobre o tronco
A
tombar sem apoio a que se arrime...
Depois,
fez-se violino entre mãos hábeis
Interpretando
a música sublime.
Morte?
Se crês que a morte é o fim de tudo,
Qual
abismo escavado abismo agressores,
Fita
a semente nua a renascer do solo
Para
ser planta nova e esmaltar-se de flores...
Escuta,
alma querida! A vida é sempre amor
Do
mais nobre caminho aos mais plebeus
E a
presença da dor, em qualquer parte,
É
uma bênção de Deus.
Maria
Dolores
Livro:
“A Terra e o Semeador” – Psicografia de Francisco C. Xavier – Espírito Emmanuel
Deus
não nos pede o impossível.
Emmanuel
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