Paz e Amor
Emmanuel
Referimo-nos,
com frequência, às dificuldades para que a paz se estabeleça, no relacionamento
entre os homens.
Sabemos que o
amor ao próximo, traduzindo ação na caridade é o caminho para semelhante conquista.
Ser-nos-á
preciso, porém, impregnar a própria alma no bálsamo da compreensão, a fim de alcançá-la.
Recordemos que
nenhum de nós – os espíritos ainda vinculados à evolução da Terra – estará sem
alguma necessidade por atender.
Quando
estendas as mãos no socorro aos companheiros em penúria material, não olvides
doar entendimento àqueles outros que parecem desvairados na ambição destrutiva,
esquecidos de que a fortuna é um dom de Deus para que a bênção do progresso
geral alcance a vida comunitária.
Amparando aos
doentes do corpo, com os recursos possíveis, não sonegues simpatia para com
aqueles que deliram nas idéias da posse absoluta, desfrutando levianamente as
bênçãos de Deus, como se Deus não existisse.
Ensina o
caminho do bem aos corações ainda incultos, entretanto, não condenes os
companheiros que trazem o cérebro iluminado pelo conhecimento superior, sem
coragem de trilhá-lo.
Auxilia aos
irmãos que se mostram avançados na quilometragem da idade física, às vezes,
amargurados pela marginalização ou pelo abandono dos entes que mais amam,
entretanto, ajuda como puderes àqueles outros que se encontram, ainda, no verde
da juventude, sob o risco de queda em perigosos enganos.
Ampara os
fortes, para que não esmoreçam nas boas obras e escora os fracos que perderam a
confiança em Deus e em si mesmos.
Ajuda aos bons
para que se façam melhores e inclui no teu pronto-socorro de oração aqueles
que, por enquanto, se deixam marcar pela moléstia da crueldade.
Todos somos
credores do auxílio uns dos outros. O ódio, em suas múltiplas variações, é a
sombra que escraviza às algemas da expiação e do sofrimento milhões de
criaturas terrestres.
Imaginemos a
liberação como sendo o templo do amor ao próximo.
A porta de
acesso a semelhante santuário tem o nome de “serviço”,
mas não podemos esquecer que a compreensão é a chave.
Não comentes o
mal para que o mal não se estenda, não te refiras à sombra para que a sombra
não envolva o caminho.
do livro “IRMÃO” - FRANCISCO CÂNDIDO
XAVIER
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