OS
EGÍPCIOS E AS CIÊNCIAS PSÍQUICAS
As
ciências psíquicas da atualidade eram familiares aos magnos sacerdotes dos
templos.
O
destino e a comunicação dos mortos e a pluralidade das existências e dos mundos
eram para eles, problemas solucionados e conhecidos. O estudo de suas artes pictóricas
positivam a veracidade destas nossas afirmações. Num grande número de frescos,
apresenta-se o homem terrestre acompanhado do seu duplo espiritual. Os papiros
nos falam de suas avançadas ciências nesse sentido, e, através deles, podem os
egiptólogos modernos reconhecer que os iniciados sabiam da existência do corpo
espiritual preexistente, que organiza o mundo das coisas e das formas. Seus
conhecimentos, a respeito das energias solares com relação ao magnetismo humano,
eram muito superiores aos da atualidade. Desses conhecimentos nasceram os
processos de mumificação dos corpos, cujas fórmulas se perderam na indiferença
e na inquietação dos outros povos.
Seus
reis estavam tocados do mais alto grau de iniciação, enfeixando nas mãos todos
os poderes espirituais e todos os conhecimentos sagrados. É por isso que a sua
desencarnação provocava a concentração mágica de todas as vontades, no sentido
de cercar-lhes o túmulo de veneração e de supremo respeito. Esse amor não se
traduzia, apenas, nos atos solenes da mumificação. Também o ambiente dos
túmulos
era santificado por um estranho magnetismo. Os grandes diretores da raça, que
faziam jus a semelhantes consagrações, eram considerados dignos de toda a paz
no silêncio da morte.
Nessas
saturações magnéticas, que ainda aí estão a desafiar milênios, residem as
razões da tragédia amarga de Lord Carnarvon e de alguns dos seus companheiros
que penetraram em primeiro lugar na câmara mortuária de Tut Ankh Amon, e ainda
por isso é que, muitas vezes, nos tempos que correm, os aviadores ingleses
observam o não funcionamento dos aparelhos radiofônicos, quando as suas
máquinas de vôo atravessam a limitada atmosfera do vale sagrado.
REDENÇÃO
Depois
dessa edificação extraordinária, os grandes iniciados do Egito voltam ao plano
espiritual, no curso incessante dos séculos.
Com
o seu regresso aos mundos ditosos da Capela, vão desaparecendo os conhecimentos
sagrados dos templos tebanos, que, por sua vez, os receberam dos grandes
sacerdotes de Mênfis.
Aos
mistérios de Ísis e de Osíris, sucedem-se os de Elêusis, naturalmente
transformados nas iniciações da Grécia antiga.
Em
algumas centenas de anos, reuniram-se de novo, nos planos espirituais, os
antigos degredados, com a sagrada bênção do Cristo, seu patrono e salvador. A
maioria regressa, então, ao sistema da Capela, onde os corações se reconfortam
nos sagrados reencontros das suas afeições mais santas e mais puras, mas grande
número desses Espíritos, estudiosos e abnegados, conservaram-se nas hostes de
Jesus, obedecendo a sagrados imperativos do sentimento e, ao seu influxo divino,
muitas vezes têm reencarnado na Terra, para desempenho de generosas e
abençoadas missões.
A
CAMINHO DA LUZ
(Obra Mediúnica)
FRANCISCO
CÂNDIDO XAVIER
A
Caminho da Luz
História
da Civilização à Luz
do
Espiritismo
Ditada
pelo Espírito
EMMANUEL
(De 17 de
agosto a 21 de setembro de 1938)
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