Dever e Caridade
Partilhar o
conteúdo de nossa bolsa com o irmão necessitado é dever, mas dar-lhe trabalho digno,
sem afetação de superioridade e sem exigência, para que ele se faça um servidor
da vida tão digno quanto nós é caridade.
Dar o pano o
que sobra em nosso guarda-roupa é dever, mas vestir o próximo de novas ideias, através
dos nossos bons exemplos é caridade.
Praticar a
generosidade com os nossos amigos e afeiçoados é dever, mas exercer a gentileza
e a tolerância com os adversários de nossos pontos de vista é caridade.
Ceder o pão
que excede em nossa mesa é dever, mas fazer de nossa existência um estímulo incessante
ao bem para quantos nos rodeiam é caridade.
Praticar a
benemerência e a delicadeza, por intermédio de mensageiros da nossa amizade aos
nossos irmãos que necessitam e sofrem é dever, mas, seguir ao encontro dos
nossos companheiros de luta, com o nosso esforço pessoal na plantação da
alegria ou do reconforto é caridade.
Criar planos
de serviço para quem nos acompanha no roteiro de cada dia é dever, mas, trabalhar
nós mesmos com o nosso suor e com as nossas mãos é caridade.
Não nos
contentemos com o ensinar o bem.
Isso é simples
obrigação de nossa inteligência.
Façamos o bem
cada instante e em cada passo de nosso caminho, porque, desse modo, estaremos
realmente assinalados como discípulos do Benfeitor Divino que, por devotar-se à
caridade, foi sentenciado à flagelação e à cruz, nas quais consagrou o amor
como norma de felicidade e ressurreição para a Humanidade inteira.
Emmanuel
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