Desertores
Reunião pública de
13/5/60
O LIVRO DOS MÉDIUNS Questão nº 220 - Parágrafos 1º, 2º e 3º
O LIVRO DOS MÉDIUNS Questão nº 220 - Parágrafos 1º, 2º e 3º
Médiuns
desertores não são apenas aqueles que deixam de transmitir com fidelidade
sinais e palavras, avisos e observações da Esfera Espiritual para a Esfera
Física.
De criatura a
criatura flui a corrente da vida e todos nós, encarnados e desencarnados de
qualquer condição, estamos conclamados a lutar pela vitória do Bem Eterno.
Desertores
são igualmente:
Os que
armazenam o pão, sem proveito justo, convertendo cereais em cifrões vazios;
Os que pregam
virtudes religiosas e sociais, acolhendo-se em trincheiras de usura;
Os que fecham
escolas, escancarando prisões;
Os que
transformam as chaves da Ciência em gazuas douradas;
Os que
levantam casas de socorro, desviando recursos que deveriam ser aplicados para
sanar as dores do próximo;
Os que
exterminam crianças em formação, garantindo a impunidade, no silêncio das próprias
vítimas;
As mães que,
sem motivo, emudecem as trompas da vida no santuário do próprio corpo,
embriagando-se de prazeres que vão estuar na loucura;
Os que
aviltam a inteligência, vendendo emoções na feira do vício;
Os que se
afogam lentamente no álcool;
Os que matam
o tempo para que o tempo não lhes dê responsabilidade;
Os que passam
as horas censurando atitudes de outrem, olvidando os deveres que lhes competem;
Os que andam
no mundo com todos os desejos satisfeitos;
Os que não
sentem necessidade de trabalhar;
Os que clamam
contra a ingratidão sem examinar os problemas dos supostos ingratos;
Os que julgam
comprar o céu, entregando um vintém ao serviço da caridade e reservando milhões
para enlouquecer os próprios descendentes, nos inventários de sangue e ódio;
Os que
condenam e amaldiçoam, ao invés de compreender e abençoar;
Os que
perderam a simplicidade e precisam de uma torre de marfim para viver;
Os que se
fazem peso morto, dificultando o curso das boas obras...
Deserção!
Deserção! Se trazemos semelhante chaga, corrigenda para nós!...
E se a vemos
nos outros, compaixão para eles!...
Francisco
Cândido Xavier
Seara
dos Médiuns
Estudos
e dissertações em torno da obra
“O
Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec
Ditado
pelo Espírito Emmanuel
PERDA E SUSPENSÃO DA MEDIUNIDADE O LIVRO DOS MÉDIUNS, ALLAN KARDEC
220. A faculdade mediúnica está sujeita a intermitências e a
suspensões temporárias, quer para as manifestações físicas, quer para a
escrita. Damos a seguir as respostas que obtivemos dos Espíritos a algumas
perguntas feitas sobre este ponto:
1ª Podem os médiuns perder a faculdade que
possuem?
“Isso frequentemente acontece, qualquer que seja
o gênero da faculdade. Mas, também, muitas vezes apenas se verifica uma
interrupção passageira, que cessa com a causa que a produziu.”
2ª Estará no esgotamento do fluido a causa da
perda da mediunidade?
“Seja qual for a faculdade que o médium possua,
ele nada pode sem o concurso simpático dos Espíritos. Quando nada mais obtém,
nem sempre é porque lhe falta a faculdade; isso não raro se dá, porque os
Espíritos não mais querem, ou podem servir-se dele.”
3ª Que é o que pode causar o abandono de um
médium, por parte dos Espíritos?
“O que mais influi para que assim procedam os
bons Espíritos é o uso que o médium faz da sua faculdade.
Podemos abandoná-lo, quando dela se serve para
coisas frívolas, ou com propósitos ambiciosos; quando se nega a transmitir as
nossas palavras, ou os fatos por nós produzidos, aos encarnados que para ele
apelam, ou que têm necessidade de ver para se convencerem. Este dom de Deus não
é concedido ao médium para seu deleite e, ainda menos, para satisfação de suas
ambições, mas para o fim da sua melhora espiritual e para dar a conhecer aos
homens a verdade.
Se o Espírito verifica que o médium já não
corresponde às suas vistas e já não aproveita das instruções nem dos conselhos
que lhe dá, afasta-se, em busca de um protegido mais digno.”
O LIVRO DOS MÉDIUNS, ALLAN KARDEC Questão nº 220 -
Parágrafos 1º, 2º e 3º
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