Atualidade
espírita
Reunião
pública de 19/9/60
Capítulo XXXI - Dissertação I
Capítulo XXXI - Dissertação I
Espíritas!
O
mundo de agora é o campo de luta a que fostes conclamados para servir.
Todas
as rotas oferecem contradições terríveis.
A
cada trecho, surpreendemos os que falam em Cristo, negando-lhe testemunho.
Ouvimos
os que pregam desinteresse, agarrando-se à posse; os que se referem à união,
disseminando a discórdia; os que exaltam a humildade, embriagando-se de
orgulho, e os que receitam sacrifício para uso dos outros, sem se animarem a
tocar com um dedo os fardos de trabalho que os semelhantes carregam!...
Ontem,
contudo, noutras reencarnações, éramos nós igualmente assim...
Recorríamos
à cruz do Senhor, talhando cruzes para os braços do próximo; exalçávamos o
desprendimento, entronizando o egoísmo; louvávamos a virtude, endossando o
vício, e clamávamos por fraternidade, estimulando a perseguição a quem não
pensasse por nossa cabeça.
*
Hoje,
no entanto, a Doutrina Espírita restaura para nós o Evangelho, em versão viva e
simples.
Não
mais o Cristo abençoando a carniçaria da guerra.
Não
mais o Cristo monumentalizado em prata e ouro.
Não
mais a escravidão religiosa, imaginariamente do Cristo.
Não
mais imposições e convenções, supostas do Cristo.
Agora,
como devia ter sido sempre, encontramos no Mestre Divino o companheiro da
Humanidade, ensinando-nos a crescer no bem para a vida vitoriosa.
Não
nos baste, pois, simplesmente crer!...
Em
toda parte, é necessário sejamos o exemplo do ensino que pregamos, porque, se o
Evangelho é a revelação pela qual o Cristo nos entregou mais amplo conhecimento
de Deus, a Doutrina Espírita é a revelação pela qual o mundo espera mais amplo
conhecimento do Cristo, em nós e por nós.
Francisco
Cândido Xavier
Seara
dos Médiuns
Estudos
e dissertações em torno da obra
“O
Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec
Ditado
pelo Espírito
Emmanuel
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