Tolerância
mútua
Referimo-nos,
frequentemente, à necessidade de perdoar aos outros, acomodando-nos à situação
de vítimas. Entretanto, é raro nos coloquemos na posição das criaturas que
precisam da tolerância alheia.
E semelhantes
situações nos aparecem vezes e vezes, quase sempre sem que nos apercebamos
disso, conscientemente.
*
Isso acontece:
quando nos
distraímos, a ponto de esquecer as próprias obrigações;
quando
largamos os encargos que assumimos, sem pensar que sobrecarregamos os ombros
alheios.
quando estamos
apreensivos ou tensos e arremetemo-nos sobre os que nos cercam quais se fossem
culpados de nossas tribulações;
quando
aderimos ao boato, prejudicando pessoas ou envenenando acontecimentos;
quando
arremessamos as farpas vibratórias da crítica negativa sobre os nossos irmãos,
às vezes, até mesmo sem lhes conhecer a intimidade;
quando nos
rendemos às tentações do ciúme e do egoísmo;
ou quando
estendemos queixas e lamentações, complicando os problemas do próximo.
*
Observando o
assunto em sã consciência, conquanto nos reconheçamos no domínio do óbvio,
convém registrar que não somente necessitamos de desculpar os outros, mas
também precisamos ser perdoados, porquanto se hoje nos cabe doar o apoio da
tolerância, a benefício daqueles que nos compartilham a vida, é possível que
amanhã surja para nós a necessidade de receber.
*
Em toda e
qualquer circunstância, conserva a consciência tranquila, porquanto, desse modo,
a paz expressando alicerce, é uma luz que estará sempre dentro de ti.
Emmanuel
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