"QUANDO NÃO APRENDE ATRAVÉS DO AMOR,APRENDE-SE ATRAVÉS DA
DOR"
Existem dois principais caminhos a escolhermos durante a nossa
existência e as suas devidas consequências. Podemos escolher o caminho do
aprendizado e do esforço próprio, mais difícil mas meritório e com
consequências felizes; ou, pelo contrário, o caminho mais fácil, que é o das
paixões e da preguiça, que com certeza nos trará consequências dolorosas.
A Doutrina Espírita tem como maior objetivo nos fazer adquirir uma fé
racional, ajudando-nos a mudar os nossos posicionamentos perante as mais
variadas situações da vida. Esta mudança se dá quando procuramos pensar antes
de agir ou de falar, raciocinando se aquela atitude é correta ou não, se as
conseqüências são boas ou ruins. Mas para fazermos este julgamento de valores,
devemos procurar conhecimentos em que possamos basear nossas análises, para
termos uma visão mais justa do conjunto de fatos em que estamos inseridos.
O
Evangelho de Jesus Cristo, junto com a Doutrina Espírita, são os que nos
oferecem as mais perfeitas informações neste sentido, onde acharemos a fonte
dos mais valiosos ensinos morais e comportamentais, para a melhoria de nossa
personalidade.
Segue-se uma lista das mais variadas qualidades morais, junto com os correspondentes defeitos, para analisarmos as conseqüências de cada um deles em nossas vidas, gerando, conforme o caminho que escolhermos, felicidade ou sofrimentos.
Segue-se uma lista das mais variadas qualidades morais, junto com os correspondentes defeitos, para analisarmos as conseqüências de cada um deles em nossas vidas, gerando, conforme o caminho que escolhermos, felicidade ou sofrimentos.
Humildade e Orgulho: O orgulho é o maior dos defeitos e o mais difícil de ser combatido,
pois ele está no âmago do nosso ser. Dizem os espíritos superiores que é o
último a ser eliminado. Ele nos faz ter a falsa idéia de que somos melhores e
superiores às outras pessoas, e em alguns casos até mais que o próprio Deus.
Ele dificulta muito o aprendizado moral, pois o orgulhoso não está disposto a
se melhorar porque acha que não necessita disto. Este defeito se manifesta de
várias formas e maneiras.: podemos encontrar dentro de nós o orgulho racial,
profissional, religioso, social entre outros. Às vezes temos até
mesmo o orgulho de sermos caridosos, de sermos espíritas, mas não
devemos nos iludir e achar que somos melhores que as
outras pessoas.
O melhor combate a este perigoso defeito é adquirirmos a humildade, que
se faz quando nos colocamos abaixo de Deus e iguais aos nossos irmãos. O
exercício da humildade se dá quando procuramos em nós os defeitos que vemos nos
outros, procurando aprender com tudo e todos que estão em nossa volta.
Caridade e Egoísmo: O Egoísta pensa primeiro em si, depois pensa nas necessidades dos
outros, e é isto exatamente que o mundo nos ensina atualmente. Se deixarmos o
materialismo tomar conta do nosso ser, iremos nos tornar uma pessoa do mundo,
ou seja, um egoísta de primeira. Para combater isto é necessário procurarmos
compreender o que a Doutrina fala a respeito da verdadeira caridade e
vivenciarmos este sentimento que vai trazer a felicidade para nós e para os que
nos rodeiam. A verdadeira caridade modifica o nosso posicionamento de vida,
fazendo-nos perceber que os nossos problemas não são os maiores e nem os mais
importantes do mundo. Onde vamos compreender as necessidades e os problemas dos
nossos semelhantes e trabalhar para melhorar este estado de coisas.
A solução dos maiores problemas da nossa sociedade seria a prática
da caridade cristã, onde o mais forte e preparado ajudaria e amparar o mais
fraco e o oprimido.
Paciência e Irritação: Irritação e nervosismo mostram bem a situação atual de desequilíbrio
por que passa a sociedade. Todos estão com pressa, correndo atrás apenas de sua
vida e de seus interesses. E se alguém ou algo atrapalha esta correria, as
pessoas se descontrolam e se atiram contra este obstáculo de uma forma
lamentável. Estes descontroles emocionais não só trazem conseqüências
espirituais funestas, como também causam graves males físicos.
Com a prática diária da paciência, que é a tranqüilidade e a calma
perante os obstáculos ou às coisas que nos atingem, nós iremos cultivar uma
vida mais saudável, tanto no campo espiritual como na parte física.
Citamos a passagem de Jesus, do Evangelho de Mateus, capítulo 6,
versículos 25 a 34, onde o Mestre nos diz: "Não vos inquieteis, pois, pelo
dia de amanhã, pois o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu
mal".
Fé e Insegurança: Nos ensina Kardec que a fé não é só religiosa, mas é sim um sentimento
de força de vontade, ou vontade de querer, que pode ser usado em todos os
aspectos de nossa vida. A fé nos dá a capacidade de usarmos os nossos atributos
para atingirmos certos objetivos. Ela tem que estar aliada à humildade, para
reconhecermos as nossas limitações e procurarmos superá-las. Já a fé religiosa
direciona todas as nossas capacidade para procurar somente o bem, dando-nos uma
confiança no futuro e na justiça de Deus. A Doutrina Espírita alia a este
sentimento a lógica e a razão, transformando este sentimento em fé racional,
que é o maior instrumento para combater as inseguranças que tomam conta do
nosso ser em alguns momentos de nossa vida.
Simplicidade e Vaidade: A vaidade reflete em todos os aspectos do nosso ser e não somente na
aparência. Claro que devemos nos vestir de uma forma adequada ao lugar em que
estivermos indo. Para as mulheres não é proibido se arrumar ou usar maquiagem
ou jóias. Também não é proibido cuidar do nosso corpo com exercícios ou dietas.
O que a Doutrina pede é que não haja exageros e que não se faça disto o
objetivo de nossa existência. Antes de tudo, deve-se pensar no Espírito, e
depois na saúde do corpo e então a boa aparência física será consequência, pois
o belo não é só aquilo que está na moda. É bom lembrar-nos que a simplicidade é
a atitude dos espíritos superiores, aqueles que já estão despidos dos defeitos
mais grosseiros.
Perdão e Mágoa: A
mágoa é um dos mais destrutivos venenos espirituais, trazendo prejuízos
incalculáveis ao ser. Jesus colocou uma grande ênfase ao perdão das ofensas,
porque Ele sabia que só assim poderemos evitar sofrimentos profundos, para nós
e os nossos companheiros de vida. E só se perdoa de verdade quando esquecemos
emocionalmente as ofensas recebidas, não relembrando mais os sentimentos
negativos que aquele ato gerou. Esta atitude é indispensável para a nossa saúde
mental, espiritual e física.
Indulgência e Maledicência: A pessoa indulgente é aquela que é tolerante e compreensiva para com
os defeitos alheios. Não comenta levianamente os erros dos outros, e sempre
procura realçar o melhor lado das pessoas. Quando fala de um defeito ou erro
alheio, é sempre com caridade e benevolência e com objetivo de aprender ou
ensinar.
Disse Jesus: "Com a medida que medirdes, vos medirão
também" (Mateus, 7; vers. 2), para que compreendamos que se falarmos mal
de alguém, não poderemos reclamar quando outros agirem da mesma forma conosco.
Mansidão e Brutalidade: Jesus ensinou que precisamos ser como Ele, que foi manso e humilde de
coração. E ser manso é ser afável para com o próximo, evitando o máximo a
destemperança e a violência, mesmo em situações adversas. Nós que pretendemos
ser espíritas temos a obrigação de cultivarmos a mansidão, pois ela é filha da
racionalidade, viga mestra da Fé Espírita.
Obediência e Revolta: A obediência aos desígnios da vida e às Leis de Deus é a condição
primordial para evitarmos um sentimento comum, que é a revolta perante as mais
variadas situações da vida. Ensinam-nos os espíritos evoluídos, que a melhor e
mais rápida maneira de passarmos por um período ruim é aceitarmos a situação, e
não reclamar dela, trabalhando incessantemente para melhorá-la. Revolta gera
desequilíbrio e desequilíbrio gera mais dor e sofrimento.
Razão e Ignorância: A ignorância é a ausência de conhecimento e compreensão das coisas. E
só iremos superar a ignorância que mora dentro de todos nós, exercitando o que
Deus nos deu de mais valioso, que é a nossa inteligência. E ela deve ser usada
a todo o momento para analisarmos tudo o que iremos falar ou fazer, para
evitarmos o máximo os erros provenientes de nossa ignorância das situações
vivenciadas por nós. A razão ou racionalidade é o exercício deste ato, que deve
ser contínuo e diário. Só assim iremos aproveitar o máximo as oportunidades de
aprendizado que esta atual reencarnação nos oferece.
Seguindo
estes importantes princípios é que conseguiremos cumprir a
nossa tarefa primordial aqui na Terra, que é a de sairmos desta vida mais
evoluídos e sábios do que entramos
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