E A VIDA CONTINUA...
"Vi meu pai morrendo na minha frente e não entendi
porque Deus o matou... E desse dia em diante não mais acredito em Deus"
Frases
como esta são uma constante.
Quando
não conseguimos entender o fenômeno da vida e da morte, revoltamo-nos contra
Deus, como a criança que se revolta contra a mãe quando esta a obriga a beber um
remédio amargo.
A idéia
falsa de um Deus perverso e caprichoso, que mata uns antes dos outros, que
castiga alguns e privilegia outros, que dá a riqueza a poucos enquanto muitos
vivem na miséria, é a responsável pela revolta de muitos.
Concebendo
um Deus temível, possuidor de todos os vícios humanos, pensamos que esse ser
invisível está sempre à espreita para nos pregar uma peça.
A
nossa visão, ainda míope, no que diz respeito às leis que regem a vida, nos faz
sofrer, como filhos ingratos que não compreendem as atitudes dos pais amorosos
que têm como único objetivo a felicidades dos seus.
Enclausurados
na concha do egoísmo, não percebemos que nossos bem-amados não são os únicos
que saem de cena na vida física e só nos incomodamos com Deus quando Ele mata dos nossos.
Indiferentes
às leis que regem a matéria, não vemos que tudo o que nasce, um dia tem que
morrer, ou melhor, se transformar.
E o
nosso corpo físico também é matéria, e como tal tem que se dissolver um dia.
Mas, quando isso acontece, esquecemos de que somos Espíritos imortais e não
apenas um corpo que desaparece na poeira do chão.
Fomos
feitos à imagem e semelhança de Deus e, por isso mesmo, viveremos por toda a
eternidade.
O que
nos tem causado insegurança é pensar que Deus é a nossa imagem e semelhança e
que, portanto, é portador de todos os vícios humanos.
Somos
Espíritos. E como tal somos imortais. Mas, para que atinjamos a perfeição, é
preciso mergulhar na carne através da reencarnação.
Ao
homem é dado morrer uma só vez, assegura o Evangelho. Ao Espírito não é
possível a morte.
Um
dia, num futuro ainda distante, não precisaremos mais entrar nem sair da carne,
porque já teremos desenvolvido em nós a imagem e semelhança do Pai.
Jesus,
após a morte do corpo, surge com toda vitalidade, em Espírito, para legar à
Humanidade a certeza da Imortalidade.
Dessa
forma, não nos iludamos. O túmulo não é o fim da vida. É apenas o começo de uma
nova fase de aprendizado para o Espírito imperecível.
Compreendendo
a sabedoria e a perfeição das Leis Divinas, mudaremos a nossa reação diante da
partida de um ser querido. E diremos com segurança:
"Vi
meu amado deixando o corpo físico, na minha frente, e entendi porque Deus o
levou... É que Deus o ama mais do que eu e o quer, por algum tempo, no mundo
dos Espíritos. Desse dia em diante, espero ansioso a oportunidade de um
reencontro feliz. E por esse motivo, mais acredito e confio em Deus"...
O que
chamamos morte, nada mais é do que um fenômeno biológico natural.
Seja
pelo desgaste normal dos órgãos físicos ou de outra forma qualquer, todos
deixaremos o corpo e voltaremos à pátria espiritual de onde partimos um dia.
Assim,
tenhamos a certeza de que a separação é apenas temporária. E que, mais cedo ou
mais tarde, tornaremos a reencontrar nossos amores dos quais sentimos saudades.
redação
do Momento Espírita. Em
29.03.2010.
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