PENSA
Reconheces-te,
muitas vezes, no mundo, como quem se vê num campo de imensa luta.
Duelos entre a luz
e a sombra.
Forças antagônicas
do bem e do mal.
Os ângulos do
combate estão em várias frentes.
Rádio, televisão,
imprensa, lares e praças.
Leste o noticiário,
em torno do homem que exterminou a existência de pessoas queridas,
entregando-se, depois, às tramas do suicídio.
Viste a foto de
outro que se responsabiliza por assaltos e agressões.
Estudaste a
fisionomia da mulher que enjeitou o filhinho para não arredar-se da aventura.
Conheceste o drama
do jovem revoltado que se fez incendiário, nos desvarios da indisciplina.
Registraste as
ocorrências tristes, desencadeadas por aqueles que resvalaram na delinquência,
conturbados em processos obsessivos.
Contempla as áreas
de conflito e, conquanto amando a dignidade do bem, não censures as vítimas do
mal, suficientemente infelizes por si mesmas.
Os que ferem são os
verdadeiros feridos e todos os feridos são doentes.
Abençoa, alivia,
restaura, levanta.
Separa a enfermidade do enfermo,
como auxilias a laranjeira, libertando-a da erva invasora, e descobrirás
unicamente o irmão que chora e sofre.
Pensa no que faria
Jesus se o visses, em pessoa, no chão da vida humana, observando os que
desfalecem.
Não lhe ouvirias
qualquer frase condenatória.
Decerto, o Senhor
se debruçaria sobre os caídos, a fim de socorrê-los.
E se lhe
perguntasses porque estaria agindo assim, Ele responderia sem hesitar:
- Eles todos são
meus...
Meimei.
Psicografia de
Francisco Cândido Xavier.
Livro: Amizade.
Lição nº 19. Página 88.
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