PERANTE A FELICIDADE
Emmanuel
O problema da felicidade está sempre condicionada
ao foro íntimo.
*
E porque, ainda mesmo nos assuntos mais
transcendentes, não podemos prescindir da simplicidade, em auxílio à nossa
argumentação, invocamos a natureza, em cujos degraus evolutivos, é possível
observar as crisálidas de consciência nas limitações relativas a que se
ajustam.
*
Vemos que cada ser nos círculos inferiores à escola
humana, possui as alegrias que lhe são próprias.
Para o corvo, a felicidade é a penetração nos
detritos.
Para a serpente, é a absorção do veneno com que se
fortalece na defensiva.
Para a coruja é a excursão nas trevas.
Para a lesma é a ociosidade incessante.
Para a andorinha é o culto da primavera onde a
primavera fulgure.
Para a fonte é o serviço a todos.
Para a árvore é a incansável beneficência.
Para o sol é o privilegio de servir em luminosa
doação de si mesmo.
*
Cada espírito, qual acontece aos elementos mais
simples, demora-se mais ou menos na atitude mental que se lhe afigura como
sendo a aspiração satisfeita.
*
Para muitos, a felicidade é a imersão na preguiça e
no ódio, na discórdia e na crueldade, na penúria e na ignorância, no desalento
e na rebeldia.
Entretanto, para as almas acordadas na Revelação do
Cristo, a felicidade é a construção de si mesmas para a comunhão ideal com
Deus.
*
Se já despertaste para a verdade, aceita o trabalho
e a renúncia, as aflições e as penas da estância física por abençoado material
de tua própria edificação.
*
E, aprendendo e servindo infatigavelmente, sem
qualquer inventário de sacrifício e sem qualquer preocupação pelo tempo
adequado ao reajuste, conseguirás o equilíbrio interior, tecendo com a própria
luta, as asas com que livrarás nos cimos da vida, em pleno triunfo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário