domingo, 20 de dezembro de 2015



 

 

Tudo na Terra subsiste por atos sucessivos e inevitáveis de fé.

O verme confia no Sol que ele não entende e fecunda o solo em que se refugia.

A gleba confia no verme que não pode realmente definir e habilita-se aos tesouros da sementeira.

O homem do campo aplica-se à lavoura, contando com os favores climatéricos que ainda não pode governar com segurança e o tempo lhe responde ao suor com a bênção da colheita.

O artífice devota-se ao burilamento dos metais, confiando nas leis que lhes presidem a estrutura e, aproveitando os recursos da natureza que mal conhece plasma em beneficio da civilização, a utilidade e a obra-prima.

Todas as operações da existência humana, por mínimas se mostrem, baseiam-se em atitudes de fé, sem as quais, toda a vida sofreria perturbação.

O homem confia no estômago que não vê e alimenta-se, garantindo a si próprio a saúde e a robustez; confia no motor cuja capacidade não lhe e de todo perceptível e movimenta-se com exato na solução de problemas imediatos; confia no laboratório que lhe fabrica o comprimido balsâmico e alivia a dor que lhe assalta o mundo físico.

Acima de tudo, para armar-se da experiência, confia em legisladores que, às vezes, nunca viu e desfruta a estabilidade social em decretos que jamais soletrou.

A pretexto de não conseguires superar, de improviso, as barreiras vibratórias que, por enquanto, te separam o entendimento das realidades imarcescíveis da alma, não te admitas sem fé na Providência Divina.

Qual acontece ao lavrador que planta e colhe em benefício de todos, cultiva o bem onde estiveres e como puderes, hoje e sempre, com segura fé na Justiça Indefectível, porque das sementes felizes ou infelizes que a criatura estiver lançando ao campo da vida, dessas mesmas sementes nascerá o fruto doce ou amargo que ela própria colherá.

 

Simplifiquemos...

 

Vemos jovens, tão engodados pelas seduções da carne moça, que mais se assemelham a flores envenenadas e velhos tão absurdamente entregues à lamentação e à tristeza que mais se parecem espinheiros de sofrimento, quando a uns e outros pede a existência testemunhos de compreensão e atividade, educação e serviço.
 
Emmanuel, do livro Perante Jesus, psicografia de Chico Xavier .

 

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