História Ligeira
André Luiz
O candidato ao
ministério cristão penetrou o templo do serviço e proclamou-se transformado.
Na primeira
semana, afirmou-se favorecido pela divina Luz e, depois de solene profissão de
fé, assinalou fronteiras entre ele e o pecado, entre a sua perfeição e o mundo
envilecido.
Na segunda
semana, discursou, ardentemente, conclamando o povo à salvação com o Cristo.
Na terceira,
traçou programas e promessas, na esfera da beneficência, mostrando-se inclinado
a socorrer infelizes, curar doentes e asilar criancinhas abandonadas.
Na quarta,
declarou-se vítima da incompreensão e da discórdia, entre pesadas nuvens de
tristeza e insubmissão.
Na quinta,
apareceu cansado e desiludido, indicando os males do mundo e os defeitos dos
irmãos.
Na sexta,
rogou ao Senhor licença para descansar.
Na sétima,
deitou-se e dormiu por duzentos anos.
Nesse
candidato às bênçãos do Evangelho, temos a história de milhões.
“Muitos
chamados, poucos escolhidos.”
Oportunidades
para todos e serviço de raros.
Em verdade, o
Divino Amigo continua curando, levantando, consolando, reanimando e convidando
almas para o banquete do Reino de Deus, mas os seguidores e discípulos começam
a tarefa no calor fervente do entusiasmo, elevado à tensão mais alta...
Pronunciam
votos comovedores, gesticulam e ensinam; entretanto, em poucos dias, antes
mesmo de marcharem dez passos, na senda da elevação, reclamam férias
espirituais para o repouso de vários séculos.
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