Ofensa
Aprendamos a
ver nas realidades supremas do espírito, para que a ofensa não se converta em
obstáculo anestesiante de nossas energias no caminho espiritual.
Observemos a
natureza.
O lavrador
parece ironizar a semente, impondo-lhe a solidão na cova fria, mas a semente
reage, transformando-se em flor e fruto, a sustentar-lhe o celeiro.
O escultor
parece ferir o mármore, aplicando-lhe perfurantes golpes de buril, mas a pedra
responde, oferecendo-lhe a obra-prima a imortalizar-lhe o nome.
O artífice
parece condenar o tronco bruto à extrema crueldade, desbastando-lhe o corpo,
entretanto, a madeira dá forma a utilidades mil, reconfortando-lhe o templo
doméstico.
É preciso
compreender na ofensa recebida essa ou aquela oportunidade de triunfo sobre nós
mesmos.
Sem
dificuldade, ninguém consegue aferir as próprias conquistas; sem luta, o mérito
é simples palavra ornamental.
Lembremo-nos
de que o Mestre inesquecível recebeu a ofensa da morte na cruz, transubstanciando-a
em luminosa ressurreição.
Do escuro
menosprezo da Terra fez Jesus o caminho radiante para os Céus.
Não te
esqueças de semelhante verdade e faze do golpe que recebeste no cotidiano, abençoado
motivo de progresso e renovação.
Auxilia aos
que te seguem os passos e mantém a certeza de que receberás em pagamento de paz
e luz o concurso daqueles que te antecederam no acesso às culminâncias da Vida
Maior.
ALVORADA DO REINO
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
EMMANUEL
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